Flávio Azevedo
O ex-presidente Michel Temer fez um bom governo e não fosse algumas escolhas deixaria legado vitorioso. |
O Brasil se despediu, nessa terça-feira (01/01), de um dos bons presidentes da sua história: Michel Temer. Aqueles que não entendem de política, os apaixonados por suas cegas ideologias e aqueles que escrevem achismos, esses certamente irão me chamar de “maluco”. É claro que eu não me esqueci da J&F e da inexplicável visita de Joesley Batista na garagem do Jaburu. Eu também não me esqueci da mala com R$ 500 mil do tal Rocha Loures correndo pelas ruas de São Paulo. O time de patifes escolhidos por ele para compor o governo também é inesquecível.
Todavia, eu também não esqueci que Michel Temer escolheu um time respeitável para comandar Ministério da Fazenda, Banco Central, Petrobrás, BNDES e outras máquinas governamentais. Conseguiu aprovar mudanças importantes no campo da desburocratização, liberou o FGTS para aquecer a economia e por detalhes não conseguiu aprovar a reforma da Previdência, uma necessidade que não é aceita pelo partidarismo estrábico e/ou pelo corporativismo estatal.
A verdade é que as denúncias de corrupção atribuídas a Michel Temer não foram piores do que os escândalos que ocorreram na gestão dos ex-presidentes, sobretudo aqueles que governaram depois da redemocratização do Brasil. Michel Temer é tão elegante e tem movimentos tão comedidos que parece um bicho empalhado. Nasce aí a alcunha de vampiro. O presidente Temer também tem como virtude ter trazido para o debate temas tabus, por exemplo, a reforma da Previdência.
Partindo da premissa de que nenhum ex-presidente foi santo, eu não tenho problemas em elencar Michel Temer como um dos melhores presidentes da história do Brasil. Picareta, mas um bom governante. O brasileiro precisa entender essa lógica e aprender fazer essa separação. Por vezes o honesto não é bom governante e o corrupto é ótimo administrador. Essa realidade bate a nossa porta toda hora e no meu entendimento o ex-presidente Michel Temer está nesse pacote!
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