segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Paixão pela natureza precisa ser acompanhada de cuidados

Flávio Azevedo
Ontem a mídia noticiou que uma "cabeça d'água" deixou mortos e desaparecidos, em Itatiaia. O rio Campo Belo subiu cerca de três metros, porque choveu muito na nascente, provocando o fenômeno. Hoje, eu vejo a notícia da morte de um jovem de 17 anos por conta de um raio. Ele acampava com um amigo em Ilhabela e foi atingido dentro da barraca. A dupla armou a barraca no cume do morro Baepi. Caiu um temporal e na condição de único ponto vertical no topo da montanha a barraca se tornou um perfeito para-raios.

Em tempos de muita gente querendo explorar a natureza, eu sinceramente penso que as pessoas precisam conhecer um cursinho de "Arte de Acampar", muito comum entre os escoteiros. O objetivo é exatamente evitar que tragédias como essa aconteçam.

Estar próximo da natureza é bom. Se alguém almeja explorar a mata e os rios excelente obra deseja, mas é preciso saber que a natureza tem os seus códigos e eles precisam ser respeitados. Quando a pessoa decidi ir para a mata, ela pensa na barraca, no carvão, na cerveja, na carne, no isopor, no fogareiro, mas esquece de procurar saber onde está entrando. A natureza nem sempre é boa anfitriã.

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