domingo, 13 de janeiro de 2019

“Apagões” voltam a importunar os riobonitenses

O bairro Jacuba, em Rio Bonito.
Em Rio Bonito, os prejuízos e desconfortos provocados pelos apagões seguem acontecendo e no verão se intensificam. Do Centro comercial aos bairros periféricos, o problema se arrasta. O curioso é que os governantes seguem passivos e se limitando a dialogar com setores da Enel que tem a função de bucha, ou seja, tomar esporro, blindar a empresa e transferir responsabilidades. No verão passado quem sofreu foram os moradores de Praça Cruzeiro e Cajueiros. Nesse verão o desconforto atinge os moradores da Jacuba, que reclamam a falta de energia quase todo dia durante a noite.

A essência dos problemas apontam na mesma direção: crescimento desordenado e irresponsabilidade de loteadores e dos políticos. No caso Praça Cruzeiro/ Cajueiros, principal ocorrência de 2018, a razão era a sobrecarga. Convém destacar que a estrutura de fornecimento da Praça Cruzeiro foi dimensionada para aquele bairro. Mas com o aparecimento do Cajueiros, que nasce como um "puxadinho" da Praça Cruzeiro; a rede ficou sobrecarregada e os apagões eram constantes. Ilustração: você se lembra daquela casa que tem dois ou três banheiros, mas não pode ligar os chuveiros ao mesmo tempo porque desarma o disjuntor? É mais ou menos isso.

No caso da Jacuba é nítido que esse fenômeno se repete.

Cabem aqui algumas observações que são enxergadas, mas não são expostas por conta da frouxura riobonitense. Como tantas outras localidades, a Jacuba não nasceu um bairro. A Jacuba nasce um loteamento. Pouco tempo depois a Jacuba era um dos maiores bairros de Rio Bonito, segue crescendo, mas com estrutura de loteamento (situação similar a do bairro Cajueiros e tantos outros).
O bairro Jacuba, em Rio Bonito.
Em Rio Bonito, quem trabalha com a questão imobiliária finge não saber que existe uma grande diferença entre “loteamento” e “bairro novo”. O miserável faz um “loteamento” maior que a Praça Cruzeiro, está na cara que ali nasce um bairro novo e na maior cara de pau ele chama o negócio de “loteamento”. Segundo os próprios loteadores, quando você apresenta o projeto como loteamento paga menos impostos. Bem, pior que a desfaçatez do “loteador” é o cinismo de quem governa, porque finge não estar vendo as irregularidades e depois reclama que a infraestrutura sobrou para ele.

Mas voltando a questão do fornecimento de energia, os picos de energia que estão acontecendo na Jacuba deixam claro que o antigo loteamento virou bairro na marra, segue sendo ampliado, mas certamente a questão da energia não foi revista. Como a localidade está expandindo, recebendo novas casas e mais moradores, os postes devem estar cheios de gatilho para oferecer soluções provisórias que acabam se tornando definitivas. Todavia, quando o calor aumenta e os ventiladores e aparelhos de ar refrigerados são acionados, os gatilhos na rede elétrica não suportam a demanda e dá-lhe apagão. Sem falar nos gatos, mas isso já é outro assunto.

Na Prefeitura existe uma Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Esse é o setor que deve cuidar dessas questões.

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