Flávio Azevedo
O deputado federal, Jean Wyllys; anunciou que vai deixar a vida pública. |
O deputado federal, Jean Wyllys (PSOL); se dizendo ameaçado, decidiu abandonar o mandato e deixar o Brasil. Ele deve ter esquecido que o cidadão comum, o empresário, o professor, o servidor público, o jornalista, o frentista, o camelô, o gay, o hétero, o gari, o negro, o branco, o estrangeiro, você, eu, estão ameaçados o tempo todo. Sendo assim, é natural que o político também esteja ameaçado. A violência não exclui. Ela alcança todos.
Penso que nenhuma das ideias do Jean Wyllys se alinha as minhas ideias. Todavia, está aí um político importante para a democracia. Ao contrário desse monte de vira folha que temos por aí, o Jean Wyllys tem ideologia, tem bandeira, lutou por esses ideais e por conta desse ativismo foi eleito.
Eu posso não ter simpatia pelas suas ideias, mas tenho consciência que a renúncia dele empobrece o debate político no Brasil.
O senador eleito, Flávio Bolsonaro; tem sido acusado de associação com milicianos. |
Aliás, a política no Brasil parece a “mulher da fazes” da canção dos Raimundos. Dias atrás o senador Flávio Bolsonaro (PSL) estava sendo acusado pela esquerda de estar por trás da morte da vereadora Marielle Franco, por conta da ligação dele com policiais apontados como milicianos. Além das homenagens a esses policiais, familiares deles eram nomeados no gabinete do então deputado estadual, Flávio Bolsonaro.
Hoje, depois da história de renúncia do deputado federal, Jean Wyllys (PSOL); a direita começa enxergar o deputado como “chefe” do Adélio Bispo, o cara que deu a facada no Jair Bolsonaro. A insinuação está embasada no fato do Adélio ter sido do PSOL e ter sua visita registrada na Câmara de Deputados sem ter estado lá. A renúncia seria uma fuga porque as investigações estariam se aproximando do Jean Wyllys.
Penso que essas teorias da conspiração que partem de ambos os lados não ajudam apaziguar o Brasil e acirram ainda mais os extremos.
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