segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Incêndios em terrenos baldios e vazios importunam moradores de Rio Bonito

Flávio Azevedo
Por volta do meio dia alguém colocou fogo em ponto da Serra do Sambê.
Na manhã dessa segunda-feira (21/01), eu fiz uma postagem sobre pessoas que colocam fogo em macegas, lixo, terrenos abertos e espaços baldios, costume que trás uma série de aborrecimentos e acaba sendo prática comum em cidades interioranas. Parece premonição, porque mais tarde eu recebi várias denúncias relatando dois incêndios. Um deles quase teve desdobramentos trágicos. Segundo uma moradora, “não fosse os homens do Corpo de Bombeiros uma casa poderia ter sido incendiada”.
No Loteamento Schueler, o incêndio é corriqueiro e irrita moradores.
O primeiro foi no período da tarde, no Loteamento Schueler. Moradores do perímetro estão muito aborrecidos e afirmam que o clima de muito calor associado a fumaça do incêndio – o fogo foi ateado num terreno aberto – transforma a localidade num verdadeiro inferno. Um dos moradores lembra que essa prática é corriqueira e salienta que apesar dos apelos, o incendiário, que seria conhecido, insiste com a prática delituosa.

O segundo incêndio aconteceu por volta das 20h, no bairro Mangueirinha. Um terreno vazio foi incendiado, segundo os moradores, pelo proprietário. “O matagal no terreno estava muito alto e acaba sendo mais barato colocar fogo que pagar alguém para capinar”, disparou uma das vítimas do incêndio, que revelou momentos de aflição de um bebê que tinha chegado, hoje, do hospital. A criança tem problemas respiratórios. “A fumaceira quase matou o bebê!”, disse a moradora indignada.
Na Mangueirinha, o incêndio tomou proporções e a presença dos Bombeiros foi necessária.
No local, os homens do Corpo de Bombeiros teriam comentado que os moradores deram sorte de poder contar com o auxilio da corporação.
– Hoje, o Destacamento de Rio Bonito conta apenas com uma viatura. Caso estivéssemos na rodovia atendendo um acidente ou aparecesse um chamado de maior gravidade, a prioridade, segundo o nosso protocolo, seria atender o caso mais grave – teria dito um dos 'homens do fogo'.

A moradora mais indignada prometeu que amanhã vai procurar a Prefeitura de Rio Bonito e exigir que providências sejam tomadas no sentido de intimar os proprietários de terrenos vazios.
– Eles colocam fogo, porque não querem pagar alguém para capinar. E tem mais: esses terrenos sem nenhuma construção servem de abrigo e esconderijo para traficantes e marginais. Tem que haver uma solução para isso – disparou a mulher.
De acordo com a Lei Federal Nº 9.605/98, qualquer atividade que cause poluição ao meio ambiente e danos à saúde humana, como queimadas em lixo, matas e terrenos baldios, se configuram como crime ambiental. Se pego em flagrante, o autor é conduzido à delegacia, recebe multa que varia entre R$ 150,00 e R$ 2.500,00.

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