quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Sindicatos seguem sob suspeita no Brasil

Flávio Azevedo
O advogado Tiago Cedraz (foto), filho do ministro Aroldo Cedraz; do Tribunal de Contas da União, é alvo da quarta fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada na manhã desta terça-feira (18/09) pela Polícia Federal (PF). A operação investiga supostos desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES). Segundo as investigações, os desvios chegam a R$ 9 milhões.

O apartamento e o escritório de Tiago são alvos de mandados de busca. O sócio dele, Bruno de Carvalho Galiano; é alvo de mandado de prisão temporária. A PF chegou a pedir a prisão de Tiago Cedraz, mas o Supremo Tribunal Federal negou. Tiago Cedraz é investigado pelos supostos crimes de peculato e corrupção ativa.

Marcelo de Lima Cavalcanti, chefe de gabinete do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), também é alvo de mandado de busca e prisão temporária. Ele foi preso em São Paulo. Também foi preso durante a operação o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas do Brasil (Fenatracoop), Mauri Viana Pereira. No total, a PF cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisões temporárias em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR).

Não é a primeira vez que o advogado Tiago Cedraz é alvo de operação da Polícia Federal. Em agosto do ano passado, ele foi alvo de busca na 45ª fase da Operação Lava Jato. Cedraz foi citado em depoimento do lobista Jorge Luz que, segundo as investigações da Lava Jato, atuou em favor do MDB em um esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras para políticos do partido.

O delator afirmou que Tiago Cedraz intermediou conversas entre a empresa norte-americana Sargeant Marine e a Petrobras e, por isso, teria recebido US$ 20 mil em propina. Ainda de acordo com as investigações, Cedraz teria recebido os recursos em contas mantidas na Suíça em nome de offshores.

Fonte: G1

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