Flávio Azevedo
As mídias sociais e tradicionais têm trazido uma grande polêmica sobre o posicionamento da cantora Anita, que teria criticado a hashtag “Ele Não”, como se isso fosse uma grande coisa. Posteriormente a grande notícia é que a Anita gravou um vídeo se posicionando a favor do “Ele Não”, como se isso fosse uma grande coisa. Na mesma direção nós temos o movimento “Ele Sim”, como se isso também fosse uma grande coisa.
Os amigos que gostam de modinhas me desculpem, mas eu acho patético decidir qualquer coisa por causa de modismos e/ou pelo que disse uma figura famosa. Pelo amor de Deus! Eu não estou nem aí para o voto da Anita, do Neymar, do milionário ou da socialite. Aliás, o Brasil está nesse momento de caos, porque o brasileiro se habituou a transferir responsabilidades e até a responsabilidade de pensar ele transfere para os outros. Geralmente por que acha a reflexão cansativa.
Diante desse cenário dominado pela babaquice eu me pergunto: quando o brasileiro vai começar a usar o cérebro? Dias atrás foi notícia o jogador Felipe Melo. O atleta do Palmeiras teria se pronunciado a favor do Bolsonaro. E daí? Por que a minha opinião e voto tem que ser orientado pelo que pensa Anita ou Felipe Melo?
Se você não vota no Bolsonaro, ótimo! Se você não vota, está ótimo também! Se você não vai votar em ninguém, maravilha! Mas tome sua decisão, porque você pensou, analisou, refletiu, estudou, pesquisou e escolheu o que no seu entendimento é o melhor para o país. Não me incomoda o #elesim ou o #elenão. O que me incomoda é a elite midiática tentar encabrestar a opinião do público e me incomoda mais ainda, quando eu vejo o público colocando voluntariamente o pescoço nesse cabresto, por pura preguiça de pensar.
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