Flávio Azevedo
Jornalista Flávio Azevedo |
Fui candidato a vereador pelo PSDB (2016), sigo inscrito no partido, não vou sair do PSDB e sei que a sigla que pertenço, como as demais, está cheia de bandidos, começando pelo vagabundo do Aécio Neves. Todavia, como eu não sou "minion", eu sei que o PSDB é quadrilheiro igual PT, MDB, PP e os demais. Outras duas coisas graves: o PSDB se aliou a Temer para o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT); seguiu na base do governo mesmo depois das escandalosas denúncias do caso Joesley Batista; entre outras picaretagens do temer. Hoje prenderam o Beto Richa, do PSDB.
Bom seria se nós pudéssemos participar do processo eleitoral sem ter que se registrar em sigla partidária. Como não é possível você escolhe um partido com ideologia similar ao que você pensa, mas sabendo que ali dentro tem gente boa e um monte de vagabundo.
Eu gosto de usar a alegoria do ônibus. Você vai de ônibus para Niterói. No meio do caminho, a polícia entra no coletivo e prende três camaradas que rumavam para o mesmo destino que você. Eles estavam armados, levavam bolsas cheias de droga, um deles era estuprador e o outro sequestrador. Você pode ser classificado como traficante, estuprador e sequestrador, porque estava num ônibus em que essas figuras viajavam? Claro que não!
Assim é a corrida eleitoral. Todos estão viajando para um mesmo destino (um cargo eletivo). Todo partido tem vagabundo e picareta, mas você não precisa ser picareta, porque o cara do seu partido é picareta. Os mínions – gente que é mais cínica do que mínion – se esforçam para não entender isso (vivem no mundo de Alice), mas essa é a realidade.
Seja de esquerda, de direita, de centro, do alto ou de baixo, partido não rouba ninguém. Quem rouba são pessoas e elas estão em toda parte! Penso que seguindo essa lógica a política fica mais palatável. Mas para evoluir é preciso usar o cérebro e deixar o espírito “minion” de lado. Política não é futebol! Não seja mínion, pelo amor de Deus!
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