Flávio Azevedo
Minha gente, a nova pesquisa Ibope pela corrida presidencial indica um cenário recusado por muitos, mas que é real: a polarização do país entre esquerda e direita. Outra coisa clara dessa corrida eleitoral é que os valores morais estão norteando essa polarização. Aliás, os números do Ibope indicam ainda que o segundo turno será disputado por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), figuras que personificam, na cabeça do eleitor, uma série de antagonismos políticos, sociais e até existenciais.
Outra situação diferente, mas confirmada pelos números do Ibope, é que a disputa não estará centrada na Economia, no desenvolvimento do país, na Saúde, na Educação e nas corriqueiras promessas. Dessa vez, o comportamento é o que definirá o resultado. Se no fim dos anos 80, o Liberalismo conseguiu se libertar das algemas da censura, exatamente quando sai de cena o governo militar, na segunda metade da década atual, o Conservadorismo saiu do armário com firmeza, decisão e está pautando as escolhas. E esse fenômeno não é exclusividade do Brasil
Conquistas sociais e liberdades individuais alcançadas nos últimos 30 anos não agradam boa parte da sociedade e estão na mira do Conservadorismo, hoje, firmado no tripé impotência, medo e indignação. As eleições, sobretudo o segundo turno, estão sendo disputadas nesse ambiente. E engana-se quem pensa que o confronto Liberalismo x Conservadorismo acaba depois das eleições. Independentemente do resultado da atual corrida eleitoral, a polarização seguirá crescente e não é possível fazer qualquer prognóstico sobre como isso vai terminar.
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