Flávio Azevedo
Aos amigos que estão tristes – com razão – com o que aconteceu no Museu Nacional, eu gostaria de destacar que em nossas cidades (chamo atenção aqui para Rio Bonito) o abandono da Educação e da Cultura é antigo. As chamas da ignorância, do desprezo, da politicagem e das negociatas começam a queimam com violência a Educação e a Cultura a partir dos municípios. Há anos alunos e responsáveis reclamam melhorias para as unidades escolares e as lideranças culturais reivindicam investimentos e estímulos ao setor.
A nomeação política para esses espaços é o acender das chamas que sucateiam e destroem os equipamentos de Educação e Cultura. Alguém já viu gestor de escola municipal reclamar falta de professores, falta de merenda, sucateamento do prédio, desvalorização do profissional de Educação e de outros problemas? E por que não fazem? Porque reclamar representa perder o emprego. Ou seja, é melhor mascarar e/ou acomodar. Esse cenário acontece em nossas unidades municipais e também acontecia no Museu Nacional.
Em Rio Bonito, por exemplo, a Biblioteca Municipal e a Casa da Cultura, como aconteceu no Museu Nacional, estão abandonados. Se você está entre os que choram o desaparecimento do Museu Nacional, não esqueça que em nossa cidade inúmeros equipamentos culturais e unidades escolares sofrem igual abandono. Reclamação? Nenhuma! Por vezes essas reivindicações partem de quem não entende bem do assunto, o que gera ruído, mascara, acomoda e potencializa a crítica em direção equivocadas.
Eu só quero ressaltar duas unidades escolares sucateadas de Rio Bonito: Dr. Kingston Motta, no Parque Andréa; e Raulbino Mesquita, no Parque Indiano. Será que vão esperar esses prédios pegarem fogo para as obras paralisadas para revitalizar esses espaços sejam retomadas? Que fique ao governo municipal de Rio Bonito e a sociedade riobonitense, o triste exemplo do Museu Nacional, que desapareceu por conta do desinteresse e do desprezo a Educação e a Cultura.
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