domingo, 23 de dezembro de 2018

Renovação política procurada em Rio Bonito será abafada pela hipocrisia

Flávio Azevedo
Em Rio Bonito tem um monte de inocente acreditando que embalados pelo "efeito Bolsonaro", uma grande renovação política vai acontecer na cidade. Quando eu encontro esses pensamentos e os caminhos pretendidos pelos tais renovadores, eu descubro que a renovação pretendida e que se faz mais do que urgente está mais distante do que eu imagino (eu sou pessimista quanto a isso).

Em 2018, por exemplo, inúmeros eleitores xingavam Lula, ostentavam adesivo de Bolsonaro, vociferavam “é preciso mudar tudo”, mas como putas corriam atrás dos candidatos locais tentando trocar o voto e o apoio por R$ 75,00 de combustível semanais. Outros negociaram o voto por nomeação em Silva Jardim.

É desses que você espera renovação?

Vou desenhar. Não é de mudança de nomes que precisamos. Precisamos de mudança de prática... De perspectiva! Não adianta trocar Joãozinho da Mudança, por Zezinho da ambulância. Não adianta trocar Mariazinha do sopão por Joaninha da cesta básica. Por último, tirar Fulano que não me dá espaço, para colocar Sicrano que me prometeu uma boquinha é mudança apenas para mim, porque na realidade tudo seguirá como dantes no quartel de Abrantes.

Se a conversa sobre mudança tiver cunho pedagógico e estiver seguindo a lógica do plantador de tâmara, árvore que leva 200 anos para frutificar, eu acredito e penso que esse é o caminho. Mas se a conversa de mudança estiver sendo defendida para as eleições de 2020, por favor, me incluam fora dessa!

Quem vai as urnas na próxima eleição é o mesmo riobonitense viciado que tem ido as urnas nos últimos 30 anos. E nesses 30 anos, qual foi o resultado de cada eleição, inclusive, com o apoio de vários inocentes que, hoje, apregoam mudança?

Um amigo me segredou que está comprando uma frota de caminhões baú. Intrigado eu perguntei a razão. Ele disse que diante de tanta gente "querendo mudar" faltarão caminhões na praça para carregar tanta mudança! Em outras palavras ele quis dizer o seguinte aos defensores dessa utópica história de mudança: “sabem de nada inocentes!”.

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