segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Bandidos do colarinho branco custam R$ 3 milhões mensais ao Rio de Janeiro

Um levantamento feito pelo jornal O Globo mostra que o estado gasta R$ 3 milhões brutos por mês com o pagamento de salários de 21 integrantes de seu primeiro escalão sob suspeita de corrupção – nenhum está no exercício de sua função (três são aposentados). A lista inclui parlamentares da Assembleia Legislativa (Alerj), conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e membros do Executivo. O dinheiro custearia mensalmente, por exemplo, três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Ou bancaria, com troco, a folha dos 790 funcionários ativos lotados na Secretaria de Segurança, de R$ 2,3 milhões.
As remunerações de oito das 29 pessoas pesquisadas pelo jornal O Globo não constam de portais de transparência dos órgãos em que estavam lotadas ou não foram informadas por eles. É o caso de Sérgio Cabral, preso desde novembro de 2016, que não recebe aposentadoria como ex-governador, benefício que existia por lei até 2002. No Senado, onde ficou quatro anos (2003 a 2006), ele não está na lista de beneficiados. E, na Alerj, onde cumpriu três mandatos (1991 a 2002), não requereu a pensão vitalícia a que teria direito.
Quanto ganha por mês. Os 22 investigados tem vencimentos ou proventos brutos que somam R$ 3.103.732,47.
Segundo a assessoria de imprensa do governo, ainda não há uma decisão sobre o corte de vencimentos do governador Luiz Fernando Pezão (R$ 19.681,33), preso na última quinta-feira na Operação Boca de Lobo, embora o Ministério Público Federal e a Polícia Federal (PF) ainda não tenham apresentado provas materiais de seu envolvimento direto com o recebimento de propinas. Alvos das operações Cadeia Velha e Furna da Onça, os deputados Jorge Picciani e Paulo Melo (MDB) recebem pensão vitalícia. Por oito anos de mandato antes de o benefício ser cortado, cada um faz jus a 30% do subsídio de deputado (R$ 7.596,67 de R$ 25.322,25).

Fonte: O Globo

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