Flávio Azevedo
Depois de garantir o clube na elite do Futebol brasileiro com uma magra vitória (1x0) sobre o América-MG, vários jogadores do Fluminense deram entrevista em tom de despedida. É o caso de Richard, autor do gol desse domingo; Digão, Gum e Marcos Júnior. Eu não sou simpático a esse negócio de cornetar, mas encerrada a temporada, eu fico aqui na torcida para que o presidente do Fluminense, o Sr. Pedro Abad, também dê entrevistas em tom de despedida.
Estou aqui analisando a pontuação dos cinco melhores times do Brasileirão. Tirando o Flamengo, que é um sucesso de público e uma das marcas mais poderosas do Esporte no mundo, os demais não são maiores que o Fluminense. O Palmeiras, campeão desse ano, o Internacional, o Grêmio, o São Paulo; não são maiores que o Fluminense, mas formaram boas equipes e não passaram pelos sustos que o torcedor do Fluminense passou.
Penso que essa lógica pode ser estendida a Vasco e Botafogo, grandes marcas do Futebol. A grande desculpa dos dirigentes e, de parte da imprensa, é que o torcedor não comparece aos estádios, o que já não é mais um discurso real, porque os clubes cariocas, apesar da pindaíba, esse ano jogaram em várias oportunidades para bons públicos.
Falta gestão aos clubes e falta compromisso com esse ativo chamado Futebol por parte da Federação de Futebol local. O Rio de Janeiro das últimas décadas consolidou suas ações em todas as áreas sobre máfias e quadrilhas. O território fluminense está tomado por criminosos e eles não estão presentes somente na política e/ou nos morros e comunidades pobres. Essa gente também está inserida no Futebol.
Sinceramente, eu espero que a suposta mudança que começou na política, com a eleição de Bolsonaro e Wilson Witzel, se espraie pela sociedade, suas associações, entidades de classe e no Futebol, começando pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Que 2019 seja um ano mais feliz para o Futebol Carioca. Que o desempenho dos nossos grandes clubes seja na parte alta da tabela. Só não é mais desesperador ver os nossos clubes agonizando na Zona do Rebaixamento, porque essa é a posição do Rio de Janeiro quando se trata de Política, Economia, Saúde, Educação, emprego e Segurança Pública.
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