Flávio Azevedo
Muito interessante a planilha com os salários dos profissionais de Educação da Prefeitura de Rio Bonito que eu tive acesso, hoje. Eu não vou expor o nome das pessoas, mas algumas cifras me impressionaram e vou comentar. Por exemplo, tem um sujeito que ganha R$ 20 mil, e ao contrário do que você pensa, ele não fez doutorado em Harvard ou Oxford. Há quem tenha proventos de R$ 15 mil, outra recebe R$ 13 mil, tem gente com remuneração de R$ 12 mil, também vi R$ 11 mil e vários servidores recebem entre R$ 10 e R$ 5 mil. A média geral da grande maioria, porém, é de R$ 2,5 mil.
Fiz questão de olhar o nome de todos e percebi que os salários acima da média são de pessoas próximas aos prefeitos que há décadas se revezam na Prefeitura. Eu tenho certeza que se verificarmos o vencimento das outras categorias igual fenômeno será percebido.
A planilha vai ficar guardada comigo, porque é a prova material que eu precisava para provar o que eu já sabia por dedução: Solange e Mandiocão usam a Lei de Incorporação para fomentar um Plano de Cargo e Carreira particular para os seus preferidos.
Para quem não conhece convém destacar que a Lei de Incorporação prevê que depois de um ano trabalhando em cargo comissionado, o servidor tem direito de incorporar 10% da remuneração desse cargo ao salário que ele tem como servidor de carreira. Ou seja, dependendo da função gratificada, o servidor consegue melhorar significativamente o salário de fome que recebe. Por outro lado, através desse estratagema o prefeito consegue transformar cabos eleitorais em devotos e xiitas.
E assim nós vamos desnudando as entranhas da política riobonitense. Esse texto expõe a qualquer pessoa lúcida e sem compromisso com essa trama perversa, um dos elementos que Mandiocão e Solange usam para enfeitiçar parte do funcionalismo, apesar dos governos pífios que fazem e dos desatinos administrativos que cometem.
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