O desembargador Siro Darlan, presidente da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é investigado como suspeito de vender sentença no fórum da capital.
De acordo com denúncias publicadas na edição desta segunda-feira (10/12) do jornal O Globo, o desembargador usava os plantões judiciários para vender habeas corpus e assim, liberar os presos.
Em, pelo menos, dois casos, detentos teriam sido beneficiados por decisões de Darlan. Em um deles, a colaboração premiada foi anexada ao documento. Um delator contou à Justiça que ouviu de um preso ter pago R$ 50 mil a um intermediário do magistrado.
A negociação teria sido feita em favor de Ricardo Abud, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Resende. Abud foi preso em 2015, acusado de praticar irregularidades na Câmara dos Vereadores de Niterói.
O outro caso apurado no inquérito é do preso Samyr Jorge João David, que teve a prisão decretada em junho de 2016 por tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), roubo e interceptação. Dois pedidos de habeas corpus teriam sido direcionados pelo advogado Hugo Sant'anna Onofre para o plantão de Siro Darlan.
Samyr foi solto, mas em outubro ele teve a prisão restabelecida pelo desembargador-relator, Flávio Marcelo de Azevedo Horta Fernandes.
Fernandes destacou que os pedidos do advogado do réu foram direcionados ao plantão de Darlan.
Numa interceptação telefônica autorizada, o advogado de Samyr - que em 2001 já respondeu pelo roubo de uma motocicleta - foi flagrado em conversa com Luís Soares, ex-motorista de Darlan.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário