segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Comissão da Alerj quer soltar deputados presos pela Furna da Onça

A Furna da Onça que recebia deputados na hora das suas negociatas.
A Comissão de Constitução e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) opinou nesta segunda-feira pela libertação de cinco deputados presos. A reunião da comissão foi fechada. Foi elaborado um parecer e os membros votaram contra ou a favor. O placar na votação da comissão foi de 5 a 2 pela soltura dos parlamentares. O projeto elaborado pela CCJ mantém os presos "impedidos de exercer os respectivos mandatos", considerando que a posse deles foi suspensa.

O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) disse que a discussão do projeto começou na semana passada e que essa foi a saída encontrada pela Casa após a decisão do STF. A questão agora será analisada pelo plenário da casa nesta terça.
– Há um artigo específico que mantém eles afastados do mandato. Eles vão responder pelo processo e serão julgados, mas não estarão presos como agora – disse.

Ele admite ainda que, a pouco mais de um ano para a eleição, os deputados estão divididos para a votação, principalmente aqueles que vão às urnas. “Muitos [deputados] que serão candidatos a prefeito [em 2020] estão saindo de lado por causa da eleição, mas a obrigação nossa é de enfrentar esse caso, assim como a privatização da Cedae e o aumento de 11% pra 14% da contribuição previdenciária”, afirmou.
Furna da Onça: cargos no Detran-RJ eram loteados entre deputados apontam investigações.
Veja como votou cada membro da CCJ

Márcio Pacheco (PSC) – soltura;
Rodrigo Bacelar (SDD) – soltura; 
Max Lemos (MDB) – soltura;
Jorge Felippe Neto (PSD) – soltura;
Luiz Paulo (PSDB) – prisão;
Dr Serginho (PSL) – prisão;
Carlos Minc (PSB) – soltura.

Inicialmente, a Alerj votaria apenas a soltura dos três deputados que pediram a libertação ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas a CCJ estendeu o possível benefício aos outros dois. Os deputados presos são André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB).

Os deputados foram presos acusados de terem recebido vantagens do esquema chefiado pelo ex-governador Sergio Cabral em troca de votações favoráveis ao governo na assembleia.

Fonte: G1

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