Flávio Azevedo
O técnico português, Jorge Jesus. |
Muitas vezes eu ouvi os meus pais dizendo que nunca puniam os filhos depois, porque o caso já tinha passado e a pauta já era outra. Sempre ouvi dos meus pais que a repreensão tem que ser dada na hora do ato repreensível para que os filhos entendam porque estão sendo corrigidos. Agora, no Maracanã, o Flamengo venceu o CSA (1x0) e em alguns momentos o time foi displicente. Resultado: quando terminou o jogo, o técnico Jorge Jesus saiu do banco fulo da vida e distribuiu puxões de orelha em seus jogadores. Ele sempre faz isso.
Eu sou fã do Jorge Jesus. Ele cria um novo momento no Futebol brasileiro, porque desconstrói aquela postura de técnico babão e paternalista que passa a mão na cabeça dos jogadores que precisam ser reprendidos, sobretudo porque muitos desses atletas têm origem em famílias desconstruídas e precisam da firmeza que a hierarquia do Futebol exige para que se tornem homens.
Essa premissa se estende ao nosso cotidiano. Precisa se estender a vida em sociedade. A grande mídia, que insiste na tese de que devemos ser frouxos, vaselinas e relativistas (o perfil gente boa), fica sempre admirada com a postura do treinador do Flamengo (porque tentam forjar outro tipo de comportamento).
Precisamos de mais gente com a postura do Jorge Jesus e com a lógica que aprendi dos meus pais (resolver na hora). O mundo precisa de gente que fala o que está pensando. O mundo precisa de gente que diga o que está enxergando sem estar preocupado com a reação do outro. O mundo precisa de pessoas que não estejam preocupadas em agradar o tempo todo, porque a repreensão não é agradável, mas é imprescindível.
A Bíblia trás uma orientação de Jesus, não o técnico do Flamengo, que diz assim: “repreendo e castigo a todos que amo...”. O verso segue dizendo “... Se, pois zeloso e arrependa-se”, o que podemos traduzir como o “tome vergonha na cara” dos dias atuais. Apocalipse 3.19. E vamos em frente nessa árdua caminhada para desconstruir a frouxura e o relativismo! #flavioazevedo
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