quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Arrastão em Rio Bonito expõe agentes políticos de costas para população

Flávio Azevedo
O Programa Flávio Azevedo dessa segunda-feira (30/07) está no ar e começa falando de mais um arrastão que vitimou pessoas, entre eles vários estudantes, que aguardavam o ônibus na Estrada da Viçosa. Os bandidos estavam num carro branco de placa e modelo não anotados. Quase ao mesmo tempo, marginais num carro branco (podem ser os mesmo que atuaram na Viçosa) assaltaram alunos do Colégio Estadual Desembargador José Augusto Coelho da Rocha Júnior (Colégio Bela Vista), nas imediações da unidade escolar.

Esses arrastões nos dias de segunda-feira estão se tornando corriqueiros, mas curiosamente as autoridades políticas seguem em silêncio e deixam as responsabilidades estourar na mão da Polícia. Sem conhecer a dinâmica das políticas da Segurança Pública e insuflada por opiniões que interessam as lideranças do crime, a sociedade segue perguntando “cadê a Polícia?”, quando deveriam perguntar “cadê os políticos?”. No imaginário popular, a criminalidade deve ser combatida com polícia, hoje, mal equipada, mal remunerada e morrendo como moscas (ontem morreu o 63º PM no Rio de Janeiro).

Parte dessa cobrança equivocada da sociedade tem como estratégia transferir a responsabilidade dela, porque a maior parte, a exemplo dos políticos, é carente de espírito público. É comum vermos a sociedade com uma vela acesa para Deus e outra para o Diabo. Isso acontece quando a sociedade exige Segurança e combate a criminalidade, mas usa drogas (são clientes do tráfico) e adquirem produtos roubados (o telefone que custa R$ 4mil na loja pode ser adquirido por R$ 200,000 no mercado paralelo).

Como acontece com o alcoólatra, que só consegue recuperação quando reconhece ser dependente do álcool e ser doente (alcoolismo), esse cenário medonho e perverso que domina o Brasil só muda se reconhecermos a nossa responsabilidade e participação na construção disso tudo. 

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