Flávio Azevedo
O ano é 2018 e apesar de toda campanha contra corrupção e pelo voto decente, não são poucas as histórias de cabo eleitoral vagabundo vendendo voto, comercializando apoio e negociando combustível por adesivo. Por outro lado, apesar da campanha contra a corrupção e pelo voto consciente, em Rio Bonito começam a pipocar histórias de político demitindo funcionário que não colocou adesivo e história de político obrigando aqueles que estão sobre seu raio de influência a colocar adesivo do candidato que está apoiando.
O tempo passa, o tempo voa e a vagabundagem na política continua numa boa! O mais curioso e triste é que os políticos que buscam fazer uma campanha sem os vícios naturais desse jogo são rotulados como “otários”. A acusação de "otário" vem de políticos que insistem nas velhas práticas picaretas; e pasmem os senhores, parte de eleitores que ainda não entenderam que os tempos são outros.
Como diz o “Capitão Nascimento”, no Tropa de Elite II, filme que explora com profundidade a vagabundagem na política, “não é a toa que acontece tanto escândalo em Brasília, que entra governo e sai governo e a corrupção continua... Para mudar as coisas... Vai demorar muito tempo. O sistema é foda!”.
Apesar de toda campanha por mudança, pelo abandono dos maus usos e costumes, é nítido que “o sistema entrega a mão para salvar o braço... O sistema se reorganiza, articula novos interesses... Cria novas lideranças. Enquanto as condições de existência do sistema estiverem aí, ele vai resistir! Agora me responde uma coisa: quem você acha que sustenta tudo isso? É... E custa caro... Muito caro!”.
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