Flávio Azevedo
A comercialização do voto é um problema antigo e institucionalizado no Brasil. Apesar de todos os esforços de combate a essa prática lesiva ao erário público – o dinheiro em questão é sugado dos cofres públicos – ela segue acontecendo. Na última semana, por exemplo, a informação era de que determinados políticos, em campanha em Rio Bonito, estão oferecendo R$ 75,00 de combustível por semana em troca do adesivo no carro.
Para nosso horror, na sessão Legislativa da última quinta-feira (23/08), na Câmara Municipal de Tanguá, a vereadora Aline Pereira (PP) comentou, da tribuna da Casa, que cabos eleitorais estão sendo comprados a R$ 4 mil em Tanguá. Dias atrás, numa ‘live’ em sua mídia social, o presidente da Câmara de Tanguá, Luciano Lucio (PSDB); comentou que vereadores de cidades de menor porte como Tanguá, chegam receber, em troca de apoio para este ou aquele candidato, valores da ordem de R$ 30 mil.
De amigos que transitam na mídia nos municípios de Itaboraí, São Gonçalo e Niterói; chegam notícias de práticas similares. Tudo isso confirma o que eu tenho dito há alguns meses para horror de muitos: a renovação gritada a plenos pulmões está longe de acontecer e todo esse clamor é virtual.
A renovação de pessoas nos cargos eletivos provavelmente acontecerá. Já a urgente mudança nas práticas e perspectivas vai demorar muito tempo, porque para ela acontecer não depende unicamente dos políticos e sim de toda sociedade brasileira.
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