domingo, 5 de agosto de 2018

Melô outra vez a feira do Brás em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Há alguns dias eu estou recebendo mensagens via Facebook e WhatsApp informando que nessa sexta-feira (03/08) iria rolar uma tal Feira do Brás, no Green Valley, bairro de Rio Bonito. Eu não divulguei e nada disse, porque sabia que seria embargada e não queria que atribuíssem o embargo a minha divulgação. E aconteceu como eu imaginava! Por volta das 15h de hoje alguém me deu a notícia de que a Prefeitura embargou a feira antes de começar.

Eu não sei quem foi o desavisado que outra vez tentou promover a “Feira do Brás” em Rio Bonito. Não é a primeira vez que alguém tenta fazer a tal feira e não é a primeira vez que acontece o embargo. A Prefeitura até finge que não está vendo, mas acaba sendo obrigada a atender a pressão dos lojistas e seu órgão de classe, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

É bom destacar a argumentação dos lojistas, que tentam sobreviver apesar da carga tributária, da luta diária para vender em tempo de crise, que negocia com um cliente endividado, que precisa administrar a inadimplência e ainda gera empregos que movimentam a economia local. O lojista encara a Feira do Brás como um concorrente desleal. Já os promotores da feira afirmam que o evento ocorre uma vez ao ano e não impacta tão significativamente o comércio como dizem os lojistas.

Nos últimos 20 anos eu vi essa feira anunciada várias vezes e em cima da hora rolou o indeferimento. Eu não sei quantos vão lembrar de uma vez que o organizador locou o Esporte Clube Fluminense para promover a feira, que chegou ser aberta, fazer algumas vendas até que a fiscalização da Secretaria Municipal de Fazenda chegou e determinou o fechamento da feira.

Penso que esse acontecimento deveria ser uma ótima oportunidade para os titulares das Secretarias de Fazenda e Desenvolvimento Econômico (levem alguém da Procuradoria), sem partidarismo e paixões políticas, trocarem ideias sobre esse e outros temas com representantes do setor formal e informal do comércio de Rio Bonito. É assim que se chega ao que chamamos de denominador comum. Fica a dica!

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