Flávio Azevedo
O presidenciável, Ciro Gomes; é considerado muito sincero para o tradicional mundo de faz da conta da política brasileira. |
A entrevista do candidato Ciro Gomes (PDT), na última quarta-feira (01/08) à Globo News deixou claro que as classes dominantes seguem com o seu projeto de construir líderes vaselinas e politicamente corretos (ou seja, não são líderes e sim fantoches). A ideia é dizer que o bom é aquele que além de falar bonito, agrada o maior número de pessoas e toma decisões baseadas na frouxura, afinal, não é educado enfrentar a elite que se alimenta da desigualdade social e flerta com o poder paralelo.
A insistência em falar do temperamento do Ciro Gomes, quando o que queremos ouvir são propostas sobre Economia, Educação, Saúde, Emprego, Segurança Pública, Geração de Renda e Qualidade de Vida; deixa claro que a prioridade é entregar o país a quem se propõe a ser um boneco manipulável e não alguém que esteja focado nos problemas nacionais.
Vejo claramente essa arma de desconstrução apontada para os candidatos, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro. Os dois estão muito distantes de ser santos, mas não me parecem manipuláveis, o que é um horror para o status quo. Tenho certeza que ambos erram, acertam, erraram e acertaram, mas demonstram que são donos das suas vontades e serão donos dos seus mandatos.
Faço aqui um parêntese para frisar que em território municipal esse cenário manipulador é ainda mais grave. Nos municípios existe um esforço descomunal por manter as Prefeituras na mão de gente descompensada e as Câmaras Municipais com maioria controlável.
Assim sendo, cuidado para você não votar num “fake” nas eleições que se aproximam! Traduzindo: votar em pessoas que não são autênticas, gente que não é o que aparenta. Essa montagem de personagem que faça as coisas continuarem do jeito que estão é tão escancarada, que daqui a pouco as forças de influência dirão que bom candidato é aquele que não faz xixi e cocô! O político dos sonhos pode ser ladrão, pode ser desonesto, mas não pode fazer nem xixi nem e cocô. Ou seja, ele não pode ser normal, não pode ficar puto da vida e tem que parecer um cara feliz o tempo todo! Na verdade, um débil mental!
Parafraseando uma das metáforas usadas pelo próprio Ciro Gomes durante a entrevista: “setores da sociedade estão dançando a beira do precipício e te convidando para fazer parte dessa valsa”! Penso que é bom ter cuidado!
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