quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Rio Bonito fora da Região Metropolitana e outros desafios do deputado Anderson Alexandre

Flávio Azevedo
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu tirar Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e Petrópolis da Região Metropolitana.
O principal assunto nas rodas de conversa onde a pauta era política, nessa quarta-feira (20/11), tratou da decisão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), do dia anterior. É que os deputados estaduais aprovaram um projeto para retirar Petrópolis, Cachoeiras de Macacu e Rio Bonito da Região Metropolitana. A proposta foi encaminhada para o governador, Wilson Witzel; que tem até 15 dias para sancionar ou vetar.

Rio Bonito foi inserido na Região Metropolitana, junto com Cachoeiras de Macacu, em dezembro de 2013. A época, a novidade foi publicada pelo governo do estado no Diário Oficial, foi amplamente divulgada pela grande mídia e muito celebrada pelas Prefeituras beneficiadas.
Nota do deputado.
Fiz uma postagem a respeito da iniciativa da Alerj (tirar Rio Bonito da Região Metropolitana) e cobrei do deputado estadual, Anderson Alexandre (Solidariedade), morador de Rio Bonito; posicionamento diante dessa questão. Enquanto isso, via WhatsApp os riobonitenses de espirito frouxo compartilhavam a reportagem publicada pelo G1. Replicar e cobrar publicamente que é bom nada!

Em virtude da repercussão do assunto, nessa quarta-feira (20) foi divulgada nas mídias sociais uma nota supostamente assinada pelo deputado, Anderson Alexandre. No texto ele explica que existem equívocos na notícia, informa que Rio Bonito segue na Região das Baixadas Litorâneas e assegura que o município não perderá recursos, porque “na Saúde segue na Metropolitana II” e não haverá prejuízos no tocante aos recursos referentes a ICMS. 

Penso que o deputado comete ato falho (ou não foi bem orientado pela sua assessoria), porque esse recorte de Metropolitana II, onde Rio Bonito já figurava antes de ingressar na Região Metropolitana (2013), é específico para Secretaria Estadual de Saúde. A “Metro II”, como os profissionais da área chamam, envolve os municípios de Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim. O recorte de Região Metropolitana, porém, compreende Rio, Grande Rio e se estende até Tanguá. O recorte é feito também pelo governo do estado, mas noutro viés.
Quem é assinante da Skay se lembra do truque de dar endereço de Tanguá para receber o sinal Globo, porque só tem esse serviço os assinantes da Região Metropolitana, que termina em Tanguá. Todavia, a Região “Metropolitana II” já existia, o que prova ser ela específica para Saúde.
Aproveito então a atenção do deputado estadual, Anderson Alexandre; que no seu texto se coloca a disposição de Rio Bonito para buscar avanços na área da Saúde, Infraestrutura e outros setores; para sugerir que ele coloque em seu plano de ação alguns problemas existentes em nosso município que são responsabilidade do governo do estado que só serão solucionados se tivermos representatividade política, situação que esperávamos ver resolvida com a presença, na Alerj, do deputado, Anderson Alexandre (janela acima).
Comecei falando da RJ – 55, estrada que liga Boa Esperança a Nova Cidade, interditada desde 29/02/2016, porque a força da água de uma cabeça d’água que atingiu o 2º Distrito de Rio Bonito e levou o pontilhão. A estrada é estadual e quase quatro anos depois do ocorrido segue no mesmo lugar (reportagem de apoio janela acima). Também comentei a respeito da velha promessa de levar água tratada da CEDAE para o 2º Distrito (e ainda tem a Viçosa e o Sambê), conversa que renasce a cada período eleitoral e morre quando acaba a eleição (reportagem de apoio janela abaixo).
Comentei o sofrimento dos alunos do Colégio Estadual Dr. Roberto Pereira dos Santos, no Boqueirão. A unidade está interditada há quase um ano por conta de uma rachadura no teto. Por isso as aulas foram suspensas nessa escola. Os alunos estão sendo levados para o bairro Praça Cruzeiro, onde estudam no Colégio Estadual José Matoso Maia Forte. Quase um ano depois o estado não cuida de promover as obras necessárias para devolver a comodidade aos cerca de 120 estudantes. Por conta da falta da escola do bairro muitos abandonaram os estudos (reportagem de apoio janela abaixo).
Por último e não menos importante falo do Bilhete Único, talvez o grande benefício de ter Rio Bonito na Região Metropolitana, mas que nunca foi reconhecido pelas empresas de transporte público que historicamente mandam mais no Rio de Janeiro que o governador. Aliás, como mostram as notícias policiais dos últimos anos, a cúpula do poder no Rio historicamente se comporta como empregadinho e/ou sócio dos empresários do setor rodoviário.
Sem comentar as obras de pavimentação dos programas “Bairro Novo” e “Asfalto na Porta” que ficaram pendentes no município. Bairros como a Jacuba, nunca viram a promessa se concretizar. No Cajueiros ficou faltando um pedaço do asfalto. Em localidades como Viçosa, Lavras, Basílio e bairros adjacentes, o asfalto derreteu em seis meses e o povo segue amassando lama, comendo poeira, sofrendo com buracos e sendo enganado por políticos picaretas (reportagem de apoio janela acima).

Penso que essas são ótimas tarefas para o nosso deputado buscar solução junto ao governo do estado. Vamos em frente! #flavioazevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário