sábado, 16 de novembro de 2019

A Saúde de Rio Bonito precisa de uma CPI

Flávio Azevedo
Na última quinta-feira (14/11), durante sessão da Câmara Municipal de Rio Bonito/RJ, os vereadores Edilon de Souza Ferreira, o Dilon de Boa Esperança (PSC); e Fabiano Cardoso, o Xeroca (PTB); comentaram a possibilidade da abertura de uma CPI para investigar irregularidades na pasta da Saúde. As denúncias que chegam aos vereadores, além da pedalada fiscal que ocorreu em dezembro de 2017, quando R$ 822 mil foram desviados da conta da UPA para outros fins dentro da administração municipal; informam que a máquina da Saúde está sendo usada para alavancar pré-candidaturas.

O assunto Saúde é complexo e a CPI é necessária tanto para investigar os temas do varejo político como para mostrar que os governantes que se repetem na Prefeitura de Rio Bonito não apresentam um projeto para a Saúde (não apresentam projeto para nenhum setor). Prevalece a política da cesta básica, do pintar meio fio e da distribuição de cargos para parentes e apaniguados. Projeto de município, porém, não existe.

É nítido que a Saúde de Rio Bonito, quando comparada com municípios vizinhos está noutro patamar. Não reconhecer isso é má vontade. Todavia, essa Saúde está muito distante do razoável. É preciso entender que os problemas são estruturais e o efeito disso explode na ponta da corda, no serviço que é oferecido ao munícipe.

Há anos governantes reclamam da tabela SUS; dizem que quando pessoas de outros municípios recorrem a Saúde de Rio Bonito, o setor fica desequilibrado; faltam médicos, principalmente especialistas; a relação entre Prefeitura e Hospital Darcy Vargas é sempre tumultuada; a população não tem a cultura de frequentar os postos de Saúde, que por outro lado, são equipamentos mal distribuídos e construídos sob o viés eleitoreiro, o que reforça o entendimento de não haver um projeto de município por parte de quem governa.

Tomara que a CPI venha esclarecer, por exemplo, a pedalada fiscal; que ela consiga corrigir o uso da máquina como instrumento de benefício individual quando deveria estar promovendo o bem estar coletivo, mas principalmente, que a CPI faça um RX das questões estruturais que penalizam o cidadão com serviços muito aquém do que ele paga através dos escorchantes impostos. Vamos em frente! #flavioazevedo

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