sexta-feira, 15 de março de 2019

Soltar preso para sepultamento só quando é "famoso"

Flávio Azevedo
Essa semana a cidade de Suzano-SP; registrou mais uma tragédia humana. Dois elementos entraram numa escola e mataram oito pessoas. Eu preferi não escrever uma linha sobre o ocorrido. Todavia, um fato chamou a minha atenção. O pai de Douglas Murilo (16 anos), uma das vítimas, está preso em Flórida Paulista, interior de São Paulo. Douglas Leandro Clizesqui não via o filho há mais de nove anos e não esteve no enterro. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, “não havia condições operacionais para realizar a escolta do pai", preso.

O trajeto de Flórida Paulista até Suzano é de oito horas. Sandra Aparecida, tia de Murilo, informou que o pai do menino teve a saída autorizada pela Justiça, mas a escolta exigida para o transporte não foi liberada a tempo. Curiosamente, eu não vi uma linha na grande mídia no sentido de pressionar as autoridades a oferecer a escolta para que esse pai pudesse se despedir do filho. Também não vi pressão de Haddad, Gleisi Hoffman e a turma da esquerda; insuflando e repercutindo o assunto nas mídias sociais.

Recentemente, a mídia estrábica, em peso, fez grande campanha para que o ex-presidente Lula, preso em Curitiba, fosse ao sepultamento do irmão e posteriormente do neto. No caso de Lula apareceram, carros, avião, helicópteros, uma centena de 100 agentes e ele conseguiu se despedir do neto.

Já para o pai de Murilo, vítima da tragédia na Escola Estadual Raul Brasil, não existia meia dúzia de agentes para fazer escolta. Apesar da flagrante barbeiragem do estado brasileiro, a imprensa ativista e a antenada moçada da esquerda nada disseram! Onde será que estavam?

Nenhum comentário:

Postar um comentário