Flávio Azevedo
Há décadas alunos do Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça passam pela trilha em meio ao pasto onde uma aluna foi violentada essa semana. |
Um governo é feito de comandantes e comandados. Uma gestão é construída por líderes e liderados. Essa lógica, porém, parece não existir no Brasil, onde os políticos não ouvem os seus colaboradores e auxiliares.
Na tarde dessa quarta-feira (27/02), eu fui conferir a informação de que os integrantes da gestão do Colégio Municipal Dr. Astério Alves de Mendonça cobravam insistentemente soluções para os problemas da trilha onde uma estudante da escola foi violentada na última segunda-feira (25).
Na Secretaria Municipal de Educação e até na Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, o esforço das pessoas que comandam a escola pedindo limpeza e segurança foi confirmado. A cobrança era embasada nos alertas que vinham dos alunos, dos responsáveis e até dos funcionários que usam a trilha para chegar a unidade escolar. “Tem gente escondida no mato, uma aluna foi perseguida, uma mãe ouviu vozes na mata”. Tudo isso foi ignorado pelo comando!
A mata para onde a aluna foi arrastada pelo bandido na última segunda-feira (25/02), quando a menina saia da escola. |
Pergunto: o prefeito sabe a razão das escolas terem diretores? Ou ele pensa que esse cargo é uma recompensa para alguém que sacudiu sua bandeira em comício? Por que não ouvir e por em prática, soluções apontadas pelos gestores escolares, pelos professores, pelos alunos, pelos responsáveis e por tantos outros personagens que integram a comunidade escolar?
Ainda em janeiro, eu escrevi sobre a volta as aulas e sugeri que a Prefeitura Municipal de Rio Bonito desse uma olhada nas escolas. Que fizessem pelo menos uma ‘Mary Kay’ nas unidades. Nada adiantou.
É claro que os diretores das escolas pedem as melhorias necessárias. Eu nunca tive dúvida disso, como não tenho dúvidas de que esse lamentável episódio, ocorrido com essa aluna, poderia ser perfeitamente evitado se aqueles que estão no comando do município ao menos uma vez ouvissem seus comandados e a voz das ruas. Até quando?
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