quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Trabalhador que atropelou vaca na Via Verde está hospitalizado em estado grave

Flávio Azevedo
O acidentado Weligton Francisco Souza Oliveira, 23 anos, está internado em estado grave depois de atropelar de moto uma vaca que atravessou na sua frente na Via Verde, em Rio Bonito.
Um dos assuntos mais frequentes em nossas mídias, animais soltos na Av. Antonio Carlos Guadelupe (Via Verde) e estrada de Cachoeira dos Bagres, em Rio Bonito/RJ; volta a ser assunto por conta de mais um acidente. A vítima, agora, é o morador do bairro Basílio, Weligton Francisco Souza Oliveira, de 23 anos; que atropelou uma vaca na Via Verde, por volta das 19h30min, dessa terça-feira (17/09). 

Pilotando sua motocicleta, Weligton voltava do trabalho, uma oficina no bairro Mangueirinha. Próximo a empresa Textura Rio, numa curva e num dos pontos mal iluminados da via, o animal atravessou na frente de Weligton e o choque foi inevitável. O jovem foi socorrido por pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), encaminhado ao Hospital Regional Darcy Vargas e posteriormente levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo (Columbandê), onde foi operado. Segundo informações preliminares o estado de saúde de Weligton é grave. Nas mídias sociais os familiares pedem oração pelo restabelecimento do jovem.
– É meu filho. Peço que todos orem por ele. Confio no Deus de milagres. Gente, até quando uma mãe vai chorar? – questiona pelas mídias sociais, Solange Souza, mãe do acidentado.

Acidentes constantes e nada de providências
Acidentes e incidentes com animais soltos nesse trecho têm sido frequentes. O volume de reportagens das nossas mídias sobre o assunto é numeroso, mas nem poder público, nem o proprietário dos animais, que entende ser o espaço público uma extensão do seu quintal, se sensibilizam com a tragédia que diariamente se anuncia.  

Também é possível encontrar engraçadinhos nas mídias sociais argumentando que esses animais são “o ganha-pão de um chefe de família”, uma justificativa cínica que certamente seria ignorada se o acidentado for um parente desses que tentam passar pano na irresponsabilidade de quem entende o espaço público como pasto do seu rebanho.

Também assusta a inércia conivente do poder público, uma vez que o assunto é reclamado há mais de cinco anos. A justificativa para não tomar providências – o manjado “não temos onde colocar animais apreendidos” – nasce no desinteresse de quem governa e se consolida no relaxamento administrativo que domina a gestão municipal de Rio Bonito há pelo menos duas décadas.

Indignação e testemunhos
A moto do jovem acidentado na Via Verde.
Postagens sobre o assunto nas mídias sociais despertam interesse e facilmente se encontra outras pessoas que se acidentaram no trecho ou quase foram vítimas dos animais soltos. A internauta, Marcela Cabral; confirma que sempre têm vários animais soltos por ali e conta que no mesmo dia “saindo do trabalho quase atropelamos um animal”. Ela acrescenta que “infelizmente esse jovem não conseguiu visualizar o animal no escuro”.

Outro testemunho é de Camila Souza, irmã do acidentado. Ela pergunta “o que estão esperando para tomar uma atitude?”. Camila escreve que “ontem infelizmente foi o meu irmão. Até quando vão priorizar besteiras e o que realmente tem que ser feito vai passar despercebido?”.

O bancário, Cláudio Santos; destaca que a caminho do trabalho, em Tanguá, ele percebeu a presença destes animais na Via Verde e pensou exatamente no risco de um acidente. “Acabou acontecendo e mais uma vez com um motociclista. Poderia ter acontecido com um motorista, mas o risco de lesões seria menor”. A internauta Angélica Silva; se diz indignada e destaca uma realidade: “o problema é que o dono nessas horas não aparece e os órgãos responsáveis não tomam as providências”.
A perna fraturada do internauta Gustavo Felix.
Outro que deixa seu testemunho sobre os acidentes que têm acontecido no trecho é Gustavo Felix. Ele se identifica como uma das vítimas dos animais soltos na Via Verde e faz uma provocação.
– Os donos (dos animais) só podem ter proteção de alguém, porque ali naquela área é um acidente atrás do outro e ninguém toma providência. Depois que aconteceu comigo, há quatro meses, quase todo mês ouço as pessoas falando que quase atropelou animais ali. Olha aí meu resultado. Uma fratura na perna por conta desses animais soltos – escreve Gustavo, que junto ao seu comentário posta uma foto da sua perna fraturada para comprovar seu testemunho. #flavioazevedo

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