quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Procuradoria da Câmara Municipal de Rio Bonito tem novo comando

Flávio Azevedo
O vereador Humberto Belgues; homenageando com Título de Cidadão Riobonitense, a então procuradora geral de Rio Bonito, Daniele Ramos Marques da Cruz Teijeiro.
Em meados de 2019 uma rusga foi plantada no governo federal entre o presidente, Jair Bolsonaro; e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. À época aventou-se a possibilidade do ministro deixar o governo federal por estar insatisfeito com determinadas decisões do presidente. Diante dessa possibilidade, o governador de São Paulo, João Dória; disse à imprensa que caso o ministro Moro deixasse o governo federal ele teria uma Secretaria esperando por ele no governo paulista. Bolsonaro percebeu o desastre que seria a saída de Moro do seu governo e se acertou com o ministro.

Em Rio Bonito, nessa virada de ano (2019/2020) algo semelhante aconteceu, mas com desfecho diferente. O prefeito José Luiz Antunes, que já se habituou a exonerar todo staff para demitir de verdade duas ou três pessoas com as quais ele está insatisfeito, entre outras mudanças trocou o comando da Procuradoria Geral do Município que tinha a frente a advogada Daniele Marques; que já está contratada pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Humberto Belgues; para a Procuradoria do poder Legislativo.

O procurador geral tem uma função tão complexa que o quesito competência precisa estar associado a alguns aspectos curiosos, entre eles, como diria o ministro Paulo Guedes, “conhecer as criaturas do pântano político”, ter noção que as sabotagens e vazamentos de dados partem de integrantes do próprio governo e ser malabarista para lidar com a eterna tensão entre o aspecto técnico e o político, embate que se agrava quando o governante é um “pangaré”.
A advogada Daniele Marques.
Ao longo dos meses que esteve comandando a Procuradoria Geral do Município, a advogada, Daniele Marques; conseguiu justificar iniciativas questionáveis da gestão Mandiocão e salvou o governo de alguns vexames que seriam cometidos por pessoas que pensam com o fígado, algo comum entre os integrantes do alto escalão das Prefeituras de cidades de menor porte onde a postura de senhor feudal do gestor é reproduzida por boa parte dos seus auxiliares colocados no primeiro e segundo escalão.

Ao contrário do que é habitual, a então procuradora manteve nesse período uma relação cordial com integrantes do governo que não merecem cordialidade e com figuras e personagens que não são alinhadas ao governo Mandiocão. Talvez essa postura tenha sido a razão de sua saída, uma vez que o chefe do poder Executivo é um entusiasta da guerra fria, da transferência de responsabilidade e da lógica maquiavélica do “dividir para conquistar”.

Confirmando seu perfil estrategista e no melhor estilo João Dória, o presidente da Câmara, Humberto Belgues; rapidamente trouxe para seu staff a ex-procuradora geral da Prefeitura. Se historicamente o prefeito, José Luiz Antunes; tem como tática transferir as bobagens que faz para o poder Legislativo, agora, assessorado pela advogada Daniele Marques, que chega ao Legislativo com sua expertise, contatos no meio jurídico e experiência adquirida no período que esteve do outro lado do balcão, pode se considerar que a Câmara Municipal ganha um reforço importante para se defender dos ardis e inverdades do chefe do executivo.

Quem viver verá e vamos em frente! #flavioazevedo 

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