quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Prefeito de Rio Bonito quer jogar população contra a Câmara usando Orçamento aprovado e publicado como argumento

Flávio Azevedo
A Câmara Municipal de Rio Bonito publicou na última semana de dezembro o Orçamento Municipal de 2020. O Orçamento já havia sido aprovado pelos vereadores em novembro de 2019. O prefeito José Luiz Antunes (PP) fez alguns vetos, mas o poder Legislativo derrubou os vetos na sessão de 03/12/2019. Apesar disso, ‘mísseis teleguiados’ do poder Executivo amanheceram nas ruas e nas repartições municipais, na manhã dessa quinta-feira (09/01), dizendo que “não é possível empenhar nada e pagar nada, porque a Câmara não aprovou nem publicou o Orçamento” uma informação que segundo o presidente da Câmara, Humberto Belgues (PSL); “é mentirosa, recheada de má fé e segundas intenções”.

Outra informação que circula na cidade, também espalhada pelos integrantes do poder Executivo, é que o salário dos servidores de dezembro não foi pago por causa dos problemas com o Orçamento. Para o presidente da Câmara “isso é Fake News”. Segundo ele, “o salário de dezembro já está empenhado no Orçamento de 2019 e nada tem haver com o Orçamento de 2020 que está aprovado e publicado”.

O presidente da Câmara lembrou que o chefe do poder Executivo, que há anos usa a estratégia de jogar a população e o servidor municipal contra o poder Legislativo, outra vez está plantando informações falsas para causar mal estar e desviar o foco da gestão municipal que tem sido pífia e recheada de erros.
– É uma covardia o que o senhor prefeito e parte da sua equipe tentam fazer. Eles estão prejudicando os servidores da Prefeitura e consequentemente o comércio da nossa cidade, uma vez que um percentual relevante dos pagamentos é diluído na Economia do município. Mais uma vez o prefeito coloca seus colaboradores na rua para culpar a Câmara por erros que ele vem cometendo ao longo do mandato – dispara o presidente.

Outra notícia que circula em alguns ambientes é que o prefeito teria pedido uma sessão extraordinária que até agora não aconteceu. O presidente da Casa esclarece que “nenhum tema urgente chegou ao poder Executivo que justifique uma sessão extraordinária”. Ele ressalta que a convocação de uma extraordinária deve obedecer a ritos determinados pela Lei Orgânica do Município e pelo Regimento Interno da Câmara. “Calamidade pública, por exemplo, é uma das razões que justifica a convocação de uma extraordinária, mas não existe nenhum caso dessa natureza no município”.

Aproveitando a oportunidade o presidente da Câmara frisa que durante todo ano de 2019 o poder Legislativo foi parceiro do poder Executivo. Ele ressalta que todas as matérias que chegaram a Casa foram aprovadas. “Nós tentamos o tempo todo contribuir, porque atrapalhar o Executivo significa penalizar o povo e não estamos aqui para isso”. Visivelmente transtornado com as notícias plantadas para responsabilizar a Câmara Municipal pela falta do pagamento do servidor, Humberto comenta que “chega ser inacreditável a má fé dessas pessoas que outra vez tentam enganar o povo, mas essa tática está manjada, a população já entendeu o que está acontecendo e a estratégia do prefeito não vai colar”.

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