domingo, 12 de janeiro de 2020

Conversa com os mais velhos sempre oferece aprendizado

Flávio Azevedo
Na minha tradicional passagem pela Mercearia Pé da Serra do meu amigo, Adriano Freitas; um papo sempre enriquecedor com Seu Manoel Borges. Hoje, aposentado, o tradicional comerciante de Rio Bonito é natural de Silva Jardim e comandou vários estabelecimentos comerciais em nossa cidade. Aos 88 anos, as histórias do Seu Manoel Borges são muitas e meu ouvido de jornalista arquiva narrativas de um passado distante que ajudam compreender o presente e planejar o futuro.

Seu Manoel fala de tudo um pouco e a formação na faculdade da vida lhe permite isso. Política, sociologia, negócios, comércio, estilo de vida, Educação, administração pública, comportamento, ele transita por todos esses espaços narrando fatos curiosos, alguns que impressionam. Entre as histórias ele fala da aversão que as crianças do tempo do menino Manoel Borges tinham da chuva.
– Como não podíamos ir para roça trabalhar por conta da chuva, os nossos pais nos colocavam para estudar. Por isso não gostávamos de chuva, porque ficar em casa significa que teríamos que estudar e se não aprendêssemos a lição a chibata comia – lembra Seu Manoel, que ainda consegue recitar alguns versinhos que naquele tempo ajudavam a decorar a tabuada e a gramática.

Da segunda metade dos anos 1940 em diante, o nosso homenageado esteve afrente de empreendimentos como a Sapataria do Povo, o Bar Nacional, a Quitanda Bela Vista, a M Borges, entre outros negócios. Na conversa com Seu Manoel Borges surgem nomes de personagem da história de Rio Bonito como Pedro Carcereiro, Celso Peçanha, Família Abdalla, Luiz Guarino, Chico Mendonça e até a famosa Gruta Tupi que eu conheço dos livros de Leir Moraes.

Um dos meus passatempos preferidos: conversar com os mais antigos e sempre na condição de ouvinte. Aprende-se muito! Vamos em frente! #flavioazvedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário