sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

O ‘prefeito’ de Colatina e os ‘eleitores’ de Colatina

Flávio Azevedo
Nessa terça-feira (21/01) algumas postagens de moradores de Rio Bonito apontando a eficiência do prefeito de Colatina, Sergio Meneguelli (PMDB); chamaram a minha atenção. Diz assim: “nós de Rio Bonito procuramos candidatos a prefeito e vereador que tenham o perfil do prefeito de Colatina”. Amigos, eu peço mil desculpas, mas diante do silêncio dos políticos tradicionais eu fui obrigado a responder esse enigma fazendo uma pergunta e uma provocação. Perguntei: “em Rio Bonito procuram pré-candidatos a prefeito e vereador com perfil do prefeito de Colatina/ES. Será que em Rio Bonito temos eleitores com perfil do eleitorado de Colatina?”.

Sim senhor! A minha provocação objetiva ressaltar que nós seguimos com o feio hábito de culpar somente os políticos pelos complexos problemas do Brasil. Nos comportamos como se a sociedade brasileira fosse inocente diante de questões estruturais que acontecem a séculos em nosso país. Em determinado momento eu também vi moradores de Tanguá comparando o prefeito de Colatina/ES com o seu prefeito.

Amigos eu lamento informar tão claramente e sem fazer rodeios – dizem que isso é necessário para não machucar –, mas o político não é um alienígena ou ser das profundezas do mar que apareceu na superfície da terra espalhando corrupção, desonestidade, ambição e o caos. O político é um de nós. É brasileiro. Aliás, o político é alguém que leva para o cargo eletivo os usos e costumes da vida comum. Vai desempenhar suas funções a luz dos valores aprendidos ao longo da sua existência. É uma pessoa que tem experimentações, vitórias e derrotas como todo brasileiro.

Todavia, como é característica do ser humano nós transferimos a responsabilidade que é nossa para os políticos. Há quem diga ser essa prática uma válvula de escape para acalmar a nossa consciência diante do mau que praticamos ao longo da vida. Aliás, não fazemos sequer um mea-culpa e quem pensa assim é olhado de soslaio pela maioria.

No período eleitoral os candidatos gastam milhares de reais, para quê? Você já parou e se perguntou com o que um candidato a vereador gasta R$ 300 mil no dia da eleição? Com o que um candidato a prefeito gasta R$ 1 milhão numa cidade do porte de Rio Bonito? Já pensou nisso? Simples amigo! Essas cifras compram o meu, o seu, o nosso voto. 

Sim senhor! Muito pouco das verbas públicas surrupiadas no Brasil terminam no bolso do político. Geralmente a maior parte dessa grana auferida de maneira ilegal e criminosa ajuda resolver problemas, apaziguar situações e até carinho faz. Mas isso fica a critério do freguês. Vamos em frente! #flavioazevedo

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