Flávio Azevedo
No dia seis de junho se celebra o Dia Nacional do Teste do Pezinho. O tema deveria ser pensado em todos os dias do ano, mas como não é assim aproveita-se a oportunidade tratar da importância do teste, que é uma espécie de exame; as razões para sua criação e, sobretudo as vantagens para os bebês. O Teste do Pezinho deve ser realizado entre o terceiro e quinto dia de vida dos recém-nascidos. Estudos confirmam que o exame é um preventivo fundamental para a saúde da criança, pois garante que doenças raras sejam detectadas precocemente e o tratamento adequado iniciado o quanto antes.
A coleta do exame consiste em retirar uma gotinha de sangue do calcanhar do bebê. O resultado demora cerca de sete dias para ficar pronto e pode ser encontrado em laboratórios, públicos e privados. Alterações no resultado não significa o positivo de uma doença e nesses casos, a orientação é realizar outra coleta para confirmação do que foi detectado.
No caso dos bebês prematuros, eles podem ser submetidos normalmente ao teste do pezinho, mas elas fazem mais de uma coleta. O protocolo exige que o bebê prematuro repita o exame com 120 dias de vida e, caso tenha recebido transfusão de sangue, 120 após a data da última transfusão.
O Teste do Pezinho é obrigatório e gratuito em todo o território nacional desde 1992. O exame básico identifica seis doenças:
*Fenilcetonúria: causada pela ausência ou diminuição da atividade de uma enzima que quebra a fenilalanina em tirosina, o que pode levar a um quadro clínico de deficiência intelectual;
*Hipotireodismo Congênito: decorrente da falta ou produção insuficiente de hormônios da tireoide que são essenciais para o desenvolvimento neurológico;
*Deficiência de Biotinidase: impede que a vitamina biotina, presente nos alimentos, seja aproveitada pelo organismo, o que interfere no desenvolvimento intelectual da criança;
*Fibrose Cística: doença crônica que atinge os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo e causa secreções pulmonares e má absorção intestinal;
*Anemia Falciforme: causada por uma alteração na estrutura da molécula de hemoglobina e compromete o transporte de oxigênio, provocando graves prejuízos a diferentes tecidos e órgãos;
*Hiperplasia Adrenal Congênita: afeta o funcionamento das glândulas adrenais e pode influenciar no desenvolvimento sexual de meninos e meninas e na perda de sal.
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