Flávio Azevedo
Em ano de Copa do Mundo fica muito nítido que um dos maiores ativos do Brasil é o jogador de Futebol. Transferências de atletas brasileiros para clubes estrangeiros movimentam bilhões de dólares a cada ano. Apesar da certeza de que o Brasil é um celeiro de craques e de que em terras tupiniquins jogadores de Futebol são comódites tão valiosas quanto Petróleo, Soja, Minério ou Carne; uma rápida visita as incubadoras desse produto pelo país mostra um tremendo desperdício.
Todos os craques da Seleção Brasileira de Futebol que disputarão a Copa do Mundo da Rússia que se inicia em 14 de junho próximo, começaram em campos de várzea e deram seus primeiros chutes nas peladinhas de bairros e comunidades Brasil a fora. Apesar do badalado Neymar e tantos outros craques terem surgido no Futebol de Salão, as condições estruturais das quadras públicas espalhadas pelas cidades de todo país mostram o desprezo dos governantes com um dos principais produtos do Brasil: o jogador de Futebol.
Na quadra de esportes do bairro Praça Cruzeiro, em Rio Bonito, o cenário de destruição do espaço deixa evidente o desinteresse governamental com esse rentável negócio. A matéria prima, os futuros craques, está num ambiente insalubre e até perigoso. Entra governo, sai governo e o desporto segue sem incentivo.
Nenhum estudo científico conseguirá mostrar como o Brasil pode seguir produzindo Pelé, Romário, Ronaldinho e Neymar, apesar de cuidar tão mal das incubadoras onde são formados os jogadores de Futebol: as praças, quadras e áreas esportivas.
Apesar de tanto desinteresse, os meninos seguem brincando e nunca se sabe quando pode aparecer um novo fenômeno do Futebol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário