Flávio Azevedo
O ex-prefeito de São Gonçalo, Neilton Mullin. |
Vereadores de São Gonçalo votaram ontem a favor do relatório da Comissão de Orçamento e Finanças rejeitando as contas do ex-prefeito Neilton Mullin referente ao ano de 2016. Foram 18 votos pela rejeição, cinco pela aprovação e três abstenções. O vereador Misael da Flordelis faltou a sessão. Com a votação, Mulim fica inelegível por oito anos.
O relatório seguiu orientação do parecer dado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apresentou quatro irregularidades e 30 impropriedades, entre elas de o governo ter desrespeitado o limite de despesa com pessoal desde o 2º quadrimestre de 2015 e pelo cancelamento de restos a pagar no valor de mais de R$ 12 milhões.
De acordo com o presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, vereador Nelson Ruas, o capitão Nelson, o ex-prefeito teve o direito de se defender, mas sua defesa foi infeliz em acusar os ex-secretários.
Siro Darlan
Em Rio Bonito, a Câmara Municipal, em novembro de 2013, rejeitou as contas do prefeito José Luiz Antunes (PP) referentes ao exercício de 2012. Em 2016, ele ingressou no Partido Progressista (PP) e teve sua candidatura indeferida pelo Cartório Eleitoral. Ele não se deu por vencido e conseguiu, na madrugada de 27 de setembro, num plantão Judiciário, que o desembargador Siro Darlan concedesse uma liminar pra lá de suspeita, mas que permitiu a participação dele no pleito que acabou vencendo.
Em dezembro de 2016, a famigerada “Liminar Siro Darlan” foi deferida pela desembargadora Renata Cotta, que fez uma clara “advocacia administrativa”. Essa suspeição pode ser colocada sem receios, porque a magistrada apresentou argumentos – plausíveis, é verdade – que em nenhum momento foram usados pela defesa do prefeito José Luiz Antunes.
Diante desse cenário está nítido que se o ex-prefeito Neilton Mullin, independe do que fez, caminhar pelas mesmas veredas percorridas pelo prefeito José Luiz Antunes, inclusive, contando com o favor de ‘padrinhos’ e ‘amigos’ que atuem como aio no enigmático trânsito dos bastidores do Tribunal de Justiça, ele só fica inelegível se quiser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário