Flávio Azevedo
Aconteceu de novo! Acordamos na manhã dessa terça-feira (09/08), com o print de uma circular assinada pelo presidente do Hospital Regional Darcy Vargas (HRDV), José de Aguiar Borges (Kaki); onde ele informava que os serviços de Emergência da unidade seriam suspensos, porque a Prefeitura, além de dever recursos ao hospital, descontou parte de outros repasses.
Tudo isso é um bem feito para o presidente do HRDV, para aprender a não enrolar nas entrevistas que concede. Não foi uma nem duas vezes que eu perguntei ao Sr. Kaki se a dívida deixada pela ex-prefeita Solange Almeida com o hospital (três repasses referentes aos serviços prestados no setor Emergência) havia sido sanada pela atual administração. Com a malandragem irritante de sempre, o nosso Kaki em todas as oportunidades respondeu que “kajhfldkfmendisdmle”. Você não entendeu? Eu também não. Mas havia sim a tal dívida da Prefeitura com o hospital, o caso não estava resolvido, mas quando perguntei Kaki lançou mão do tradicional “riobonitismo” quando o melhor a fazer seria esclarecer o que estava acontecendo.
Outro que precisa aprender a dar entrevista e falar com o povo é o prefeito Wolverine. A última vez que tentei entrevistá-lo, numa tentativa de trazer algum informe para a população, o sujeito ficou o tempo todo dizendo que eu trabalhei na gestão passada, como se isso fosse algum segredo. Aliás, se porta como se eu também não tivesse trabalhado na gestão passada dele. Uma das perguntas que fiz naquela ocasião foi sobre o Hospital Darcy Vargas, ótima oportunidade para o prefeito apresentar seu ponto de vista sobre a unidade. Não. Preferiu fazer graça.
Que bestas quadradas!
Semanas atrás, eu descobri que além dos três repasses que não foram pagos pela ex-prefeita, o atual prefeito também não pagou pelos mesmos serviços nos primeiros meses do seu governo. Segundo as minhas fontes, as dívidas da gestão Solange e da gestão Mandiocão formavam um montante de R$ 830.645,94.
Vamos, agora, para o outro lado do balcão. O hospital tinha dívidas de prestação de serviço com a Prefeitura, porque a escala de médicos do setor de Pronto Socorro, profissionais que são pagos pelo município, por estar incompleta deve ser descontada, procedimento que no contrato é chamado de “glosa”. Por conta dessa falta de plantonistas na Emergência do HRDV, a Prefeitura descontou R$ 494.183,45. O município reconheceu a dívida da Prefeitura, o Hospital reconheceu sua falha na escala de médicos e ficou decido que fariam um encontro de contas para resolver o problema.
Agora, a cereja do bolo e o fato que me motiva classificar prefeito e presidente do hospital como “bestas quadradas”: a Prefeitura descontou os tais R$ 494 mil, mas não fez o repasse dos R$ 830 mil conforme combinado. Ou seja, o prefeito não cumpriu o que tratou e o presidente do hospital, contando com ovo no fiofó da galinha, gastou por conta.
Impressionante o amadorismo e a falta de responsabilidade dessa gente, que muitos querem que eu não veja, por conta do tal “ribonitismo”. Você deve estar se perguntando o que é esse tal “riobonitismo”. Respondo: é essa característica clássica que nós riobonitenses temos de passar pano em sacanagens, picaretagens, maus feitos, barbeiragens administrativas e se fingir de tolo quando perguntados sobre assuntos dessa natureza. Coloque também a frouxura nesse pacote.
Para encerrar o assunto, eu destaco que pouco depois da hora do almoço, outra Circular do HRDV, também assinada pelo presidente da Casa, apresentada como errata, chagava aos meus canais de Comunicação. A Prefeitura se comprometeu a repassar R$ 336.462,79, valor que corresponde a ‘glosa’ de R$ 494 mil dos 830 mil; e o presidente do hospital dizia que foi precipitado ao anunciar a suspensão dos serviços de emergência do Hospital Regional Darcy Vargas.
Se você está entre aqueles que perguntam, como pode isso acontecer?, entre aqueles que questionam, porque prefeito e vereadores deixam isso se repetir no hospital?... Saiba que o poder público não tem gerência sobre o HRDV. Os prefeitos pagarés que se repetem em Rio Bonito até têm vontade, mas não podem interferir e por vezes preferem trabalhar com a lógica da asfixia, o que não prejudica somente os funcionários, os fornecedores e os usuários da unidade.
Acrescento que os verdadeiros fiscais do presidente do hospital são os associados da unidade. Não sei por onde andam... O que comem... Como vivem... O que pensam... O que sei é que eles é que deveriam fiscalizar o presidente do HRDV. Assuntos como a empresa que faz as obras é de Kaki, fornecedores são trazidos por eles de maneira não republicana, o hospital não pagou isso ou aqui, descontou indevidamente uma coisa ou outra... Esses temas precisam ser tratados e fiscalizados pelos associados.
PS: o prefeito José Luiz Antunes, a vice-prefeita e a ex-prefeita; são sócios do hospital e na condição de associados podem fazer o levante necessário para fiscalizar as ações do presidente da unidade. Por que não fazem? Porque não querem resolver. Essa gente é envenenada pelo “riobonitismo” e sabem apenas “jogar pra galera” em período eleitoral. Ano que vem começa. Mas vamos em frente!
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