segunda-feira, 8 de abril de 2019

Sérgio Cabral vai abrindo o bico e enrolando gente

Flávio Azevedo
Falando em sacanagem, nessa sexta-feira (05/04), o ex-governador Sergio Cabral; abriu a boca e fez outra enxurrada de revelações comprometedoras. Entre as novidades nem tão novas assim, ele contou ao juiz, Marcelo Bretas; que o esquema de propina via Fetranspor começou no governo Moreira Franco, entre os anos de 1987 e 1991. Ele afirmou que o esquemão passou pelos governos de Leonel Brizola, Marcello Alencar, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho.

O ex-governador mencionou sobrenomes de honrados picaretas (Nader, Ariston, Valente, Alencar, Navega) e sujeitos 'respeitadíssimos' como Gilberto Rodrigues, Cláudio Moacyr, que eu sempre entendi como gente cretina e ladra, mas que curiosamente nas cidades interioranas como Rio Bonito essas figuras eram tratadas como o suprassumo da honradez. Nota de roda pé: na presença de gente desse naipe, o político de cidades do interior faz questão de demonstrar ser baba ovo e babaca.

Em 2000, quando eu fui candidato a vereador, eu falava desses esquemas no palanque. Como eu era bem jovem, era comum eu ser aconselhado por frouxos e babacas, digo, gente mais experiente, sobre "o perigo" de falar essas coisas, "porque esse tipo de afirmação é uma coisa muito séria".

Alguns desses frouxos estão bem vivos e eu aproveito para perguntar: e agora suas antas, o que vocês acham do depoimento do Sérgio Cabral? Eu sempre disse isso.

Ao longo de 20 anos eu aprendi que o ambiente político é dividido em duas bandas: de um lado os malandros e ladrões, do outro frouxos, otários e babacas, sendo que o segundo grupo é muito mais numeroso que o primeiro. Acrescento que se as pessoas fizessem questão de usar o cérebro só um pouquinho, o mundo político seria bem diferente! #flavioazevedo

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