Flávio Azevedo
A Polícia Ambiental esteve na estrada de Cachoeira dos Bagres, onde a população denuncia descarte irregular de entulho, resto de obra e poda de árvores. |
Um dos problemas crônicos de Rio Bonito há alguns anos é o descarte de entulho, móveis velhos, resto de obra e poda de árvores. A falta de local adequado para receber esse material faz com que o “bota-fora” seja nas estradas vicinais, sobretudo em pontos de pouca circulação. Na maior parte das vezes o material é jogado na via pública pelos caminhões que prestam serviço para a própria Prefeitura.
Depois da notícia de que o Ministério Público estipulou 15 dias para a Prefeitura de Rio Bonito resolver o problema da destinação desse material e proibiu o descarte desse resíduo na antiga área do Mato Frio, onde até 2014 funcionava o “Lixão”, a nossa reportagem recebeu denuncia de que uma área de “bota-fora” está sendo preparada numa propriedade particular na estrada que liga Lagoa Verde ao Rio dos Índios.
Em determinado ponto da estrada, num espaço onde existe uma ribanceira encoberta pela vegetação, a presença de urubus denuncia que tem lixo jogado as margens da estrada. Entulho, poda de árvores e resto de obra, não deveriam atrair urubus. Quando essas aves aparecem é sinal de que tem mais do que entulho despejado no perímetro. Flagramos uma carcaça podre que atrai os urubus. Noutro ponto, depois de um local onde jogaram muitas garrafas, um proprietário adverte quanto a jogar lixo no local, não sabendo que em breve será vizinho de um “bota-fora”.
Depois de algum tempo circulando encontramos a área que segundo denúncias está sendo preparada para receber entulho. Uma fonte do governo nos revela que essa propriedade é rica em areola e que há algum tempo existe na Prefeitura um pedido de autorização para extrair essa matéria prima. A suspeita é de que a entrega do espaço para receber o “bota-fora” seja um agrado para viabilizar a extração da areia.
As estradas vicinais de Rio Bonito estão cheias de entulho, lixo e resto de obra. |
Em vários pontos da propriedade é possível ver água empossada, obras de drenagem recentes e uma estrada que foi preparada há pouco tempo. Em vários pontos a estrada recebeu aterro e cascalho proveniente de entulho e resto de obras. A estrada leva a uma clareira de solo arenoso onde já está sendo depositado resto de poda de árvore.
Desvendado o mistério. Enquanto o Ministério Público e os órgãos fiscalizadores monitoram o “lixão”, sobram indícios de que alguém está tentando driblar a fiscalização jogando entulho, resto de obra e de poda de árvores noutro local, o que pode ser entendido como um ato ilegal e uma agressão ao Meio Ambiente.
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