segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A verba de publicidade do Comperj nunca foi possível, porque era tudo de Palocci

Flávio Azevedo
Uma foto de 2008, em São Gonçalo, num espaço de treinamento e capacitação do Comperj. A cara de poucos amigos é por conta de mais uma reunião mal sucedida com representantes da Petrobras.
Quando eu trabalhava no jornal Folha da Terra, início da minha carreira no jornalismo (2006), inúmeras vezes eu vi o nosso editor, Alfonso Martinez; junto ao setor de publicidade da Petrobras tentando conseguir alguma propaganda do Comperj. A publicidade era responsabilidade da diretoria de Relacionamento Externo, à época, comandada pelo Sr. Paulo Roberto Costa, que mais tarde ficaria famoso através da Operação Lava Jato.

Eu me lembro como se fosse hoje (a foto é daquele tempo), das senhoras simpáticas e muito educadas, profissionais na arte de dizer “não”, que nos atendiam nos pomposos eventos da Petrobras. Eu não lembro se Alfonso conseguiu a tal publicidade (penso que não). Hoje, ao ler a delação premiada do então ministro, Antônio Palloci; onde ele diz que retornava para ele, 3% da verba de publicidade da Petrobras, eu me lembrei da luta inglória de Alfonso e das nossas muitas agendas na Petrobras e no Comperj.

Pensando nos chás de cadeira, nos simpáticos sorrisos, nos “vamos ver o que pode ser feito” e tendo conhecimento, hoje, de tudo que estava acontecendo nos bastidores da Petrobras e nós não sabíamos, eu confesso que tenho vontade de voltar lá e torcer alguns pescoços. O meu amigo Alfonso, um cara muito tranquilo, vai dar risada quando ler esse texto, mas eu tenho outra linha de raciocínio.

Por acaso eu estou aqui ouvindo, outra vez, o debate presidenciável de ontem da TV Record e acabo de ouvir o presidenciável do PT, Fernando Haddad; dizendo “vote 13 para os bons tempos voltarem!”. Bons tempos para quem cara pálida? Junto com a quadrilha do Cabral e com os vagabundos do Cunha, essa gente desgraçou a nossa Região! Bandidos! Vagabundos!

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