sábado, 20 de outubro de 2018

Cretinismo eleitoral

Flávio Azevedo
Observe como são cretinas as estratégias dos candidatos que disputam o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. O candidato Bolsonaro há meses vem dizendo que se perder a eleição é porque a urna eletrônica foi fraudada. O candidato Haddad, num cretinismo igual, já está dizendo que a sua derrota se deve ao impulsionamento de “Fake News”. Será que esse pessoal não tem vergonha?

Aliás, a suposta influência das “Fake News” no processo eleitoral não alavancou apenas a candidatura de Bolsonaro. Em todo Brasil milhares de votos foram dados a candidatos aos cargos de deputado (estadual, distrital e federal), de senador e de governador; por conta da influência da mídia eletrônica pró Bolsonaro.

O filho do presidenciável, por exemplo, obteve 4,3 milhões de votos no Rio. Em São Paulo, a futura deputada estadual, Janaina Paschoal (a musa do impeachment); obteve 2 milhões de votos. Se cair Bolsonaro tem que cair esse pessoal todo. Você acha mesmo que o poder Judiciário vai meter a mão nesse vespeiro?

Curiosamente, a principal argumentação do PT para justificar o impeachment de Dilma Rousseff; é aquela conversa de que o PSDB, em 2014, não aceitou a derrota de Aécio Neves. Se os tucanos contestaram a vitória petista depois de conhecer o resultado, os petistas, hoje, estão usando igual artifício e antes de conhecer o resultado oficial do 2º turno.

Em Juiz de Fora/MG, o candidato do PSL sofreu uma facada que quase lhe tirou a vida. Várias são as correntes que insistem em colocar esse ato tresloucado, praticado por um perturbado, na conta do PT. Na Bahia, um retardado simpatizante de Bolsonaro, matou, também a facadas, o capoeirista que disse ter votado no Haddad. E várias correntes insistem em colocar, na conta do Bolsonaro, essa ação destemperada de um débil mental.

É óbvio que estamos vivenciando a eleição mais cretina da história do Brasil. Argumentações cretinas, estratégias cretinas, gente cretina... E o maior cretinismo de todos: não podemos chamar tudo isso de cretinismo, porque em ambos os lados tem gente usando o fígado e o intestino no lugar do cérebro e esse pessoal pode ficar ofendido por ouvir o óbvio. Ah, me poupe!

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