quarta-feira, 17 de outubro de 2018

A Eucaristia na campanha presidencial

Flávio Azevedo
O presidenciável do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad.
Estou vendo uma galera criticando a visita do Haddad a uma igreja. Galera, menos! Bem menos! Você sabe qual é a religião do Haddad? Você conhece os hábitos dele para questionar a sua presença numa igreja? Deixa o cara fazer o culto dele quando desejar e a hora que quiser! 

Se for um ato oportunista, no futuro ele terá que acertar contas com Papai do Céu. Se a visita for sincera, a crítica será maldosa! Atire a primeira pedra, aquele que nunca recorreu a Deus na hora do aperto, apesar de estar anos sem ir a igreja ou sem comungar.

O ser humano é assim! Enquanto tudo vai bem, Deus fica em segundo plano, mas quando uma doença aparece ou um problema acontece, o sujeito corre para o colinho de Papai do Céu com um monte de pedidos. O Haddad está disputando a presidência da república. O cara foi derrotado no primeiro turno e, segundo as pesquisas, ele perde também no segundo... É natural que esteja querendo se apegar a qualquer possibilidade, inclusive, na invisível mão de Deus.

Se o PT mudou a cor da campanha e decidiu fingir que Lula não existe, porque o Haddad não pode recorrer ao “Deus que está acima de todos” do seu concorrente? Sou um grande crítico dos mercadores da fé, do uso das igrejas como curral eleitoral etc., mas pode existir de fato alguma sinceridade no sujeito!

Nenhum comentário:

Postar um comentário