quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Haddad e a polêmica da Eucaristia

Flávio Azevedo
A participação na Eucaristia despertou a indignação de muitos católicos.
Na minha última postagem sobre política eu escrevi um texto externando a minha reprovação às críticas que estão sendo direcionadas ao presidenciável Fernando Haddad (PT), por conta da sua visita há uma Igreja Católica. Todavia, o colega Gustavo Lopes me apresentou argumentações para essas críticas que me convenceram de que algo errado aconteceu.

Na verdade eu sigo entendendo que o Haddad não tem lá grande culpa, mas não posso dizer o mesmo do padre que ofereceu a Eucaristia ao presidenciável. Como eu não sou católico, eu não me detive sobre a questão da Eucaristia. Entretanto, eu não sou tapado, conheço bem o significado desse rito e concordo com a indignação. Não foi a presença do Haddad que desagradou, mas a participação dele numa celebração muito especial do credo católico.

Para quem tem formação religiosa evangélica (o meu caso), eu destaco que a Eucaristia tem um significado similar a nossa Santa Ceia. No meu entendimento, somente deve participar da Santa Ceia, aqueles que estão em comunhão com a igreja. Entendo que essa também é uma exigência para participar da Eucaristia.

Haddad e sua comitiva deveriam ter demonstrado um mínimo de semancol e não ter participado do rito. Eu, por exemplo, quando estou na igreja que frequento e tem Santa Ceia, por entender que a minha comunhão não está nada boa, eu não participo da cerimônia.

Aproveito a oportunidade para destacar que quando participa da Santa Ceia (penso que a Eucaristia também), a pessoa está fazendo um pacto com Deus de abandono do pecado, de renúncia dos frutos da carne e aceitação dos frutos do Espírito. Naquele momento ele se compromete a mudar de vida e a Santa Ceia – penso igual sobre a Eucaristia – é a materialização dessa aliança entre o terrestre e o divino.

Sigo entendendo que toda pessoa é sempre bem vinda em qualquer igreja. O templo, que a Bíblia chama de “Tabernáculo de Deus com os homens”, está aberto a todos e em qualquer condição. Já os ritos e celebrações têm significados que por conta da sua complexidade não podem ser franqueados a qualquer pessoa. Penso assim!

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