quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A quadrilha política do Rio de Janeiro não quer largar o osso

Flávio Azevedo
No dia seguinte ao primeiro turno, eu escrevi aqui nesse espaço que estava sendo organizada uma força tarefa que reunia tudo que há de pior na política fluminense para derrubar o candidato Wilson Witzel e favorecer Eduardo Paes. As ordens e estratégias para impedir a chegada do ex-juiz ao governo do Rio, segundo um amigo que trabalha na grande mídia, estavam partindo dos presídios do Rio e até de Curitiba.

Integrantes da quadrilha que transformou o nosso Rio de Janeiro numa extensão dos seus quintais estão arrepiados com a possibilidade do Witzel vencer as eleições e assumir o governo abrindo gavetas, revirando armários e descobrindo muito mais do que já foi revelado sobre os patifes que arruinaram o nosso estado!

Nas últimas semanas, além de investigar até a cor da cueca do candidato Witzel, uma onda de difamação se seguiu. A organização criminosa que há 30 anos domina a política fluminense está pressionando prefeitos e ex-prefeitos a apoiar Paes. Tradicionais políticos que não foram reeleitos estão contando em arrumar uma vaguinha no governo Paes, porque a partir de janeiro estarão desempregados. Vassalos e serviçais de toda essa gente estão sendo orientados – em muitos casos obrigados – a aderir a campanha de Eduardo Paes.
Eu tenho certeza que Wilson Witzel não é santo. Eu tenho certeza que ele tem entendimentos e práticas que eu discordo, mas se a quadrilha que manda na política do Rio está nervosa com a possibilidade dele vencer, eu seguirei votando nele. Eu não sei se você lembra, mas na eleição de 2006, Jandira Feghali estava praticamente eleita para o Senado Federal até que uma boataria (e à época não existia WhatsApp) fez com que ela perdesse a eleição para Francisco Dornelles, o candidato da máfia que, hoje, tenta derrubar Wilson Witzel.

Muitos se perguntam por que o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa; recuou da ideia de ser candidato a presidente da República. Essa é a explicação. A vida do cara seria revirada, estórias sobre ele seriam inventadas, fatos seriam aumentados, situações que desconhecemos seriam expostas, e ele, nessa altura do campeonato, não está afim ficar dando explicações. Preferiu não participar da corrida presidencial!

Encerro com o que disse o fictício tenente coronel Nascimento, no filme “Tropa de Elite II”, “o sistema entrega a mão para salvar o braço... O sistema se reorganiza, articula novos interesses... Cria novas lideranças. Enquanto as condições de existência do sistema estiverem aí, ele vai resistir! Agora me responde uma coisa: quem você acha que sustenta tudo isso? É... E custa caro... Muito caro”!

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