Flávio Azevedo
No dia seguinte ao primeiro turno, eu escrevi aqui nesse espaço que estava sendo organizada uma força tarefa que reunia tudo que há de pior na política fluminense para derrubar o candidato Wilson Witzel e favorecer Eduardo Paes. As ordens e estratégias para impedir a chegada do ex-juiz ao governo do Rio, segundo um amigo que trabalha na grande mídia, estavam partindo dos presídios do Rio e até de Curitiba.
Integrantes da quadrilha que transformou o nosso Rio de Janeiro numa extensão dos seus quintais estão arrepiados com a possibilidade do Witzel vencer as eleições e assumir o governo abrindo gavetas, revirando armários e descobrindo muito mais do que já foi revelado sobre os patifes que arruinaram o nosso estado!
Nas últimas semanas, além de investigar até a cor da cueca do candidato Witzel, uma onda de difamação se seguiu. A organização criminosa que há 30 anos domina a política fluminense está pressionando prefeitos e ex-prefeitos a apoiar Paes. Tradicionais políticos que não foram reeleitos estão contando em arrumar uma vaguinha no governo Paes, porque a partir de janeiro estarão desempregados. Vassalos e serviçais de toda essa gente estão sendo orientados – em muitos casos obrigados – a aderir a campanha de Eduardo Paes.
Muitos se perguntam por que o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa; recuou da ideia de ser candidato a presidente da República. Essa é a explicação. A vida do cara seria revirada, estórias sobre ele seriam inventadas, fatos seriam aumentados, situações que desconhecemos seriam expostas, e ele, nessa altura do campeonato, não está afim ficar dando explicações. Preferiu não participar da corrida presidencial!
Encerro com o que disse o fictício tenente coronel Nascimento, no filme “Tropa de Elite II”, “o sistema entrega a mão para salvar o braço... O sistema se reorganiza, articula novos interesses... Cria novas lideranças. Enquanto as condições de existência do sistema estiverem aí, ele vai resistir! Agora me responde uma coisa: quem você acha que sustenta tudo isso? É... E custa caro... Muito caro”!
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