Flávio Azevedo
As cobras estão invadindo o espaço do homem, o homem está invadindo o espaço das cobras... Essas são questões que estão sendo pensadas nas minhas últimas postagens sobre o descontrole desses répteis que estão aparecendo em larga escala em todos os bairros de Rio Bonito. Se o desequilíbrio ambiental preocupa, a questão da limpeza e capina dos bairros também é tema dos debates. Aproveitando essa discussão, uma moradora da Jacuba envia, para a nossa reportagem, imagens do trecho de Rio do Ouro, nas imediações do viaduto, onde o mato está alto.
De acordo com a moradora, a presença de cobras é um problema menor, porque a população, sobretudo quem se desloca a pé, “tem medo do que pode sair do meio desse mato... Pode ser um ladrão, um criminoso”. Ela acrescenta que “muita gente não tem sequer ido à igreja, por que tem medo de passar pelo local onde o capim está muito alto”.
Nesse trecho Prefeitura e Autopista Fluminense, como crianças mimadas, discutem a responsabilidade de limpar e fazer a manutenção. Estamos carecas de saber que área de domínio federal é obrigação da concessionária. Todavia, a Prefeitura nitidamente não reúne força política para peitar a Autopista Fluminense.
Essa situação acontece, porque nas eleições de 2016 a população riobonitense escolheu um “cachorro sem dente” para vigiar o quintal. A pretensão dessa metáfora é destacar que políticos com rabo preso no Judiciário, gente que depende de liminar para manter-se no cargo, acaba não tendo condições de defender o seu território. Ao menor sinal de enfrentamento, se o adversário for influente, a liminar que o sustenta no mandato conquistado na base da picaretagem é puxada e tchau mandato.
Desde a última gestão municipal, o município de Rio Bonito está sendo vigiado por cachorro sem dente. A ex-prefeita se manteve no cargo por força de um mal intencionado Napoleão (no Superior Tribunal de Justiça); e o atual prefeito só está no cargo, por conta de tramoias de bastidores que foram legitimadas numa fatiga madruga durante um plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
E não podemos reclamar, porque fomos nós, o povo, através do nosso voto voluntário, que escolhemos esses “cachorros sem dentes” para tomar conta do nosso quintal em 2012 e 2016 (e não foi falta de aviso). Talvez, em 2020, quando teremos outra eleição municipal, nós tenhamos mais responsabilidade ao entregar o nosso voto. Ou seguiremos enfeitiçados! #flavioazevedo
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