Flávio Azevedo
O nosso “Papo da Madrugada” começa fazendo uma deferência ao Dia do Jornalista, celebrado hoje (07/04). Aproveito a ocasião para rememorar o icônico Leir Moraes, um dos nomes mais proeminentes da Comunicação Social de Rio Bonito e a sua célebre frase: “fazer jornalismo em cidades interioranas é uma temeridade”, por estarmos muito próximo dos alvos das nossas críticas e reportagens.
Mas vamos ao assunto de hoje! Eu não sou contrário às barreiras e medidas de combate ao Covid-19 que foram impostas pela Prefeitura Municipal de Rio Bonito para diminuir a circulação de pessoas na cidade. Penso que a iniciativa foi correta. Só não sei se os objetivos foram alcançados. Pensando nisso eu gostaria de deixar uma sugestão aos comerciantes do ramo de supermercados e ao próprio prefeito.
Penso que os horários de funcionamento dos supermercados, hoje, funcionando das 8h às 17h, deveriam retornar ao que era praticado antes do Decreto, porque a redução de horário apenas colaborou para lotar esses estabelecimentos e as filas em suas portas. Fico com a impressão que caso os supermercados voltassem a funcionar, como era antes, até às 20h ou 21h, a muvuca seria diminuída sensivelmente.
É claro que os protocolos de higiene e o distanciamento entre as pessoas devem continuar, mas as filas diminuirão e os empregos seriam preservados, porque os supermercados voltariam a trabalhar com dois turnos e tem que ter gente para fazer essa dinâmica funcionar.
Outra mudança que pode ser revista é o funcionamento do transporte público local. Acaba que os ônibus estão trafegando lotados por conta da redução de horários, medida tomada para diminuir aglomerações. É irônico, mas é real. Outro ponto a acrescentar são os horários. O funcionário de um dos mercados do município reclama que sai do trabalho às 17h30min e precisa ficar zanzando pela cidade, exposto ao Covid-19, até às 21h, porque nesse intervalo não tem transporte público para a localidade onde ele mora.
Penso que seria inteligente as autoridades municipais sentarem com os segmentos do comércio, representantes da empresa que explora o Transporte Público, profissionais de Saúde, para juntos repensarem as estratégias do Decreto que vista diminuir a circulação de pessoas, resultado que a meu ver não foi alcançado, porque o volume de pessoas nas ruas, sobretudo aqueles que estão no grupo de risco, segue inalterado. Vamos em frente! #flavioazevedo
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