quarta-feira, 15 de abril de 2020

Lições e reflexões dos bloqueios em Rio Bonito

Flávio Azevedo
Ontem vi uma postagem interessante do munícipe, Rogério Guedes. Ele sugeria a instalação de uma Barreira Sanitária na descida do Boqueirão para o Centro, a fim de evitar a volta muito grande que moradores desse bairro estão tendo dar para chegar ao Centro de Rio Bonito, sobretudo depois do fechamento da Rua Dr. João Batista (rua do antigo laboratório Kramer). Também ouvi aqui algumas ponderações do munícipe, Stefano Kovacevich; e de muitos outros a respeito dos acessos ao Centro de Rio Bonito.

Analisando a visão de cada pessoa – o que deveria ser feito pelo gabinete de crise da Prefeitura de Rio Bonito – penso que os principais acessos ao Centro da cidade poderiam ser liberados e barreiras sanitárias instaladas nesses espaços. Poderiam ser instaladas barreiras nos acessos dos bairros, Praça Cruzeiro, Bela Vista, descida do Boqueirão, Ponte Seca; e o atual do Green Valley.

Quanto aos bloqueios colocados no Centro da cidade, eu entendo ser uma grande patacoada e uma iniciativa que estimula a circulação das pessoas, porque os carros são estacionados em locais mais afastados e a moçada segue caminhando até o seu destino. Ou seja, não existe efeito prático algum nisso, porque os carros não transitam, mas as pessoas seguem circulando e formando filas enormes. Também estão lotados os ônibus da São Geraldo. Sobretudo no horário do ‘rush’ esses coletivos sempre andaram cheios, mas com a imposição de regras para dificultar o deslocamento das pessoas a situação piorou, porque a frota diminuiu. 

Quem está feliz é o dono da São Geraldo, porque os coletivos seguem circulando, faturando, não tem estudantes para transportar (gratuidade), o volume de idosos viajando diminuiu (gratuidade) e a empresa ainda ganhou novos passageiros. Quem circulava no Rio Ita, hoje, vai de São Geraldo, porque os ônibus da Rio Ita não estão rodando.

É nítido que falta ao Gabinete de Crise da Prefeitura de Rio Bonito – as demais prefeituras da Região estão no mesmo barco – um encontro semanal que analise o resultado das medidas tomadas nesses cerca de 30 dias de “quarentena”. Os objetivos foram alcançados? Por que não? O que efetivamente funcionou? O que pode ser feito para se chegar a efeitos práticos? As pessoas seguem circulando normalmente, por quê? Estamos comunicando com eficiência? Volta-se atrás em algumas medidas, se implanta novas ações... Mas é nítido que existe uma dificuldade grande em ouvir. Será que o comércio foi ouvido quando decidiram fechar tudo? Representantes desses setores foram ao menos avisados?  

Minha gente, se muita bobagem é dita nas redes sociais, nesse espaço também pode se colher coisas interessantes que podem ser aproveitadas. Hoje, o que se percebe é que falta Feedback, empatia e o principal: as nossas lideranças precisam assumir o papel de líderes e parar de seguir como se fossem vivessem num mundo paralelo, descolado das preocupações coletivas e anseio popular. Frios boletins com números publicitários não substituem a palavra, o olho no olho, a fala, que motiva, anima, orienta e estimula o pensamento positivo num tempo de apreensão e dúvidas.

Vamos em frente e que Deus nos dê discernimento e orientação. Em tempos de sensibilidade escassa e ouvidos surdos por parte daqueles que deveriam liderar, tomara que os liderados tenham paciência e exerçam sua função social com discernimento, abnegação e altruísmo. #flavioazevedo

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