sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Plano de concessão da Cedae segue evoluindo e municípios seguem inertes

Flávio Azevedo
Está caminhando o projeto de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) para o setor privado. As notícias sobre o assunto informam que a negociação deverá atrair investimentos da ordem de R$ 32,5 bilhões. O modelo foi proposto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O governo do estado diz que a privatização da Cedae vai proporcionar a universalização da água no Rio de Janeiro num prazo máximo de 14 anos. Também anuncia que o tratamento e coleta de esgoto alcançarão todos os cidadãos fluminenses em até 20 anos (será?). O BNDES propõe dividir a concessão em quatro zoneamentos distintos e indica que cada um seja repassado a uma empresa ou consórcio diferente.

Diante dessa discussão que corre em âmbito estadual não custa nada perguntar qual a ideia do prefeito de Rio Bonito sobre o assunto. O nosso território, que produz bastante água, sofre com desmatamento, queimadas e o desinteresse governamental pela pasta do Meio Ambiente é flagrante. Também é nítido o desinteresse da sociedade pelo tema. Já passou da hora do prefeito se reunir com lideranças políticas e pessoas que tenham representatividade para pensar o assunto.

Não adianta negociar situações na moita e quando tomar na tarraqueta posar de corno com o velho discurso do “eu não sabia de nada”, como eu vi acontecer em 2012, quando o governo Cabral levou o prefeito no bico. Se você não lembra eu refresco sua memória. A conversa tinha o mesmo enredo (Cedae), o período era o mesmo (ano eleitoral) e o “Pangaré” que governava era o mesmo de hoje (Mandiocão).

Sobre esse assunto: o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente foi consultado? Os vereadores foram chamados para dialogar sobre o assunto? Entidades como OAB, CDL, Ascirb, associações de moradores; foram atraídas para pensar a respeito do tema? A resposta obviamente é não, ou seja, um único “Pangaré”, sozinho, pode tomar uma decisão extremamente importante que vai impactar cerca de 60 mil pessoas.
Será que não seria a hora de pensar a municipalização desse serviço em Rio Bonito (o fornecimento de água)? Ou o chefe do Executivo está vislumbrando a possibilidade de fazer negócio com a turma do estado? É claro que a sociedade riobonitense, frouxamente fará cara de paisagem e depois que o caldo entornar, meia dúzia desses frouxos irão me parar na rua para dizer “você precisa fazer uma reportagem sobre isso”. 

Não farei! O texto e publicações sobre o assunto, quando ainda se pode inferir nos resultados, é esse aqui. Se você tem alguma ideia, saia da conversa infrutífera da mesa de bar, do banco de praça e seja mais participativo. Provoque o seu vereador, converse com o prefeito. Porque para pedir máquina da Secretaria Municipal de Obras para atuar no seu terreno, você se lembra de ligar para ao prefeito. Para pedir vaga de emprego para a mulher, filhos, amantes etc., você também se lembra de ligar para o prefeito. 

Então não custa nada ligar para o prefeito ou para o vereador fazendo uma provocação sobre esse tema. Pergunte ao “Pangaré” a opinião dele sobre o assunto e temáticas que orbitam sobre esse tema! E vamos em frente! #flavioazevedo

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