domingo, 22 de dezembro de 2019

A política como ela é

Flávio Azevedo
Preso essa semana na Operação Juízo Final, desdobramento da Operação Calvário, que apura fraudes e pagamento de propina na Saúde e na Educação da Paraíba, o ex-governador do território paraibano, Ricardo Coutinho (PSB); já está em liberdade. Ficou pouco na cadeia e se entregou na última quinta-feira (19/12) sabendo que seria ajudado pelos amigos do Judiciário.

O responsável pela soltura do ex-governador bandido é um picareta conhecido dos riobonitenses, o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Napoleão Nunes Maia Filho. Para quem não lembra quem é esse traste (que já havia aliviado a barra do Ricardo Coutinho; meses atrás); ele é o responsável por manter por dois anos na Prefeitura de Rio Bonito, a ex-prefeita da cidade, que deveria ter sido sacada do cargo em meados de 2014, mas permaneceu, só por causa dele, até dezembro de 2016.

Em Rio Bonito, os grupos políticos em evidência, no que tange a picaretagem do Judiciário, devem ficar calados e entender que os seus líderes foram diretamente beneficiados por ações no mínimo suspeitas de integrantes importantes do poder Judiciário.
Eu lembro bem que a cada pedido de vistas e adiamento de julgamento feito pelo Napoleão, que beneficiava a ex-prefeita Solange, a turminha do Mandiocão e do Marcos Abrahão compartilhava com força minhas publicações. Aliás, onde eles me encontravam faziam piada, davam maior incentivo as publicações etc.

Todavia, em 2016, quando mais o eleitorado do então ex-prefeito, Mandiocão; tirava sarro das decisões do Napoleão a favor da ex-prefeita; uma jogada do Judiciário a favor de Mandiocão mudou esse cenário. É que uma decisão também picareta, também cretina, permeada pelo espírito corporativista, permitiu que Mandiocão, inelegível por estar com contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara de Vereadores; fosse candidato a prefeito naquele pleito. 

A liminar que colocou Mandiocão nas eleições (parte do eleitorado é igual o Judiciário) foi concedida numa madrugada, no plantão Judiciário, pelo desembargador Siro Darlan. Esse flagrante ato picareta silenciou os mandioquetes, mas eles não foram zoados pelos solangistas, porque eles sabem o que o Napoleão fez no verão passado.

Minha gente, as principais “divindades” políticas de Rio Bonito já deveriam ter sido sacadas do cenário político há anos, mas por ação direta do Judiciário seguem fazendo suas vítimas. E não adianta passar por mim emburradinho, fazer textinho malcriado e/ou postar puxa-saquismo, bajulação e babação de ovo, porque essa realidade!

Encerro lembrando ao cabo eleitoral do deputado eleito, Marcos Abrahão; que ele também não deve zoar os coleguinhas, porque depois de um tempo preso a liberdade dele só veio por conta de uma decisão cretina do Supremo Tribunal Federal (STF) e votação corporativista da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). No período eleitoral que começa a aquecer (ano que vem tem eleições), critiquem, reclamem, cutuquem, só não falem sobre “ajuda do Judiciário”, porque todos contaram com a complacência e benevolência da turma da toga. Vamos em frente! #flavioazevedo

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