Flávio Azevedo
A minha noite de sexta-feira é destinada a reunião semanal com a galera da igreja que frequento. Por lá tratamos de assuntos que estão totalmente fora da minha rotina cotidiana. São reuniões excelentes e aprendemos muito. Especificamente nessa sexta-feira (06/07), por conta do jogo Brasil x Bélgica, a sugestão era levarmos a bandeira do Brasil. O resultado do jogo não foi aquele que nós esperávamos, mas eu fui ao encontro portando a bandeira do Brasil. “Mas vamos tirar foto com essa bandeira?”, perguntou alguém. “Sim, esse não era o trato?”, respondi.
Assim como o Futebol, a nossa vida é um constante recomeço. Enxergada pelo viés espiritual, a nossa existência é exatamente igual ao Futebol: ganhamos e perdermos. Arrisco dizer que perdemos mais que ganhamos. Por vezes a vitória vem de embates que nem imaginamos vencer... Por vezes a derrota acontece em confrontos que nunca imaginávamos perder.
A Seleção Brasileira de Futebol foi derrotada pela Bélgica, está fora da Copa, mas e o trabalho feito até aqui? Penso que não podemos jogar tudo pela janela! O que foi feito de bom precisa ser melhorado e o que não deu certo precisa ser repensado. Em nossa vida é igual. Independentemente da sua idade, o que você já construiu não pode ser jogado fora, porque algo deu errado. Não é inteligente ignorar os pontos positivos das pessoas por conta dos seus erros, mas aquilo que é repreensível deve ser reparado.
A derrota de hoje contra a Bélgica determinou o início de um novo ciclo para a Seleção Brasileira de Futebol. Mesmo que o técnico escolhido para esse novo ciclo seja o Tite, um novo caminho começará a ser percorrido. O sucesso ou insucesso do trabalho do técnico de qualquer time de Futebol ou de outro esporte está baseado em suas escolhas. Algo similar acontece conosco.
A variável interessante desse cenário é que o técnico da nossa vida somos nós. Assim como o professor Tite escolheu 23 atletas para disputar a Copa do Mundo, diariamente nós começamos um ciclo e o resultado do que planejamos para aquele conjunto de 24 horas dependerá dessas escolhas. Os acontecimentos que fazem de nós vencedores ou derrotados ao fim de um dia inteiro dependerá das escolhas que fazemos.
E quais têm sido as nossas escolhas? Diante dos resultados negativos, nós jogamos a culpa do nosso insucesso em alguém que dividiu o dia conosco ou paramos para ruminar as nossas escolhas a fim de entender os deslizes cometidos? Refletir sobre os acontecimentos diários (positivos ou negativos) deveria ser um exercício regular. Penso que agindo assim descobriremos que as nossas escolhas determinam o nosso destino.
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