Flávio Azevedo
A nossa pauta preferida é Meio Ambiente, preservação da natureza, e o eminente desaparecimento da água potável. O nosso olhar é sempre voltado para Rio Bonito/RJ, onde vivemos, e municípios adjacentes. Já produzimos inúmeras matérias sobre falta d’água, desabastecimento e a possibilidade de racionamento de água potável. Se o desinteresse da classe política pelo assunto é flagrante, maior é o desinteresse da sociedade a respeito dessa questão, que por envolver mudança de hábitos acaba não sendo um tema atrativo, sobretudo por estarmos numa cidade onde prevalece a “cultura incendiária” e a “cultura motosserra”.
Talvez pautado por esse pensamento, uma das reportagens do Fantástico (TV Globo), nesse domingo (22/97), tratou da falta de água potável no planeta. A matéria destaca que o precioso líquido está ficando cada vez mais escasso e, consequentemente, mais caro. As mudanças climáticas explicam parte do problema, mas a situação poderia ser outra se a água fosse tratada de forma diferente por todos nós.
O repórter Felipe Santana visitou três grandes metrópoles do mundo. No Brasil, São Paulo; na África do Sul, a Cidade do Cabo; e no México, a Cidade do México; metrópoles que caminham para o colapso e que deveriam servir de exemplo para outras cidades, sejam elas de grande, pequeno e médio porte. Mas, sobretudo para os brasileiros, povo conhecido por “chorar pelo leite derramado”, as mudanças que precisam acontecer não são atrativas, porque seria preciso abrir mão do desperdício e dos maus usos e costumes.
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