sábado, 11 de maio de 2013

Honre a mãe e também os filhos!


Flávio Azevedo

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os seus dias na terra...”. Esse é o quinto mandamento da Lei de Divina, escrita, segundo a Bíblia, pelo próprio Deus em tábuas de pedra. Anualmente comemoramos, no segundo domingo de maio, o “Dia das Mães”. Para mim, porém, o dia dessas personagens “maravilhosas” é todo o dia! Portanto, que tal substituir o valioso presente caro, ofertado anualmente, por uma simples visita diária acompanhada de um beijo, de um sorriso e de um amável “A Benção Mamãe!”? Ela vai gostar!

Muito se fala do respeito e atenção que os filhos devem ter pelas mães, mas estamos num tempo em que as mulheres estão precisando ser alertadas a respeito da responsabilidade que elas adquirem quando se tornam mães. Encontramos muitas mulheres dedicadas à maternidade, mas em algumas oportunidades é possível esbarrar com mulheres que relegam essa dádiva (está se tornando cada vez mais comum).

Na Bíblia, o profeta Isaías, no capítulo 49, verso 15, fala sobre a maternidade e compara o amor de Deus ao amor de mãe. “Porventura pode uma mulher se esquecer do filho que amamenta? Mas ainda que se esquecesse eu não me esquecerei de ti”. É realmente difícil acontecer, mas, lamentavelmente, alguns casos de mães que se esquecem dos seus filhos já estão sendo noticiados.

Ainda na Bíblia, em Provérbios (22. 6), Salomão, autor do livro, aconselha aos pais: “ensina o menino no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele”. Entretanto, S. Paulo, no livro de Efésios (6.4), dá a seguinte orientação: “E vós pais, não provoqueis a ira dos vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”. O apóstolo já havia dado dica semelhante aos cristãos da cidade de Colosso, quando escreveu: “vós pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo” Colossenses (3.21).

Alguns psicólogos e profissionais que trabalham na área familiar comentam sobre o que é essa irritação que os pais podem provocar. Aliás, são considerações bem interessantes:

Críticas muito severasAlguns pais ridicularizam os filhos, fazem comparações, geralmente negativas e isso prejudica o desenvolvimento da criança, um ser ainda em formação.

Praguejar – Postura que enfada qualquer pessoa. No caso das crianças, elas aprenderão a ser amargas e não darão ouvidos aos pais, porque se habituaram a só ouvir resmungos e não diálogos.

Castigo – Os castigos, duros ou suaves, devem ser analisados. Nunca deve acontecer em momentos de fúria e ira, porque é um sentimento que não permite a análise e a reflexão. É preciso saber que castigo é uma coisa e abuso é outra. O castigo poder ser uma forma de aprendizado, mas ele deve ser aplicado sem destruir a auto-estima da criança, o que já é abuso.

Não dar importância – As crianças fazem perguntas e, por vezes, os pais acham que ela fala em demasia. Logo é usual o famoso e grosseiro “Cala a Boca!”, que pode abrir feridas difíceis de serem cicatrizadas. As perguntas podem ser simples, mas o que “é bobagem” para um adulto pode representar um grande conflito para uma criança ou um adolescente. Uma pergunta honesta merece uma resposta honesta. Outro problema é o tradicional “pergunte a sua mãe” ou “pergunte ao seu pai”. Desanimado, o filho desiste de conversar com os pais e vai tirar suas dúvidas na rua. Para tanto, existe o seguinte pensamento: “seja o pai (ou mãe) do seu filho, antes que um traficante o adote.

Prometeu tem que cumprir – Não se quebra promessas, sobretudo se ela é feita a uma criança. Quando os pais prometem e não cumprem a criança se sente ferida e aprende a não dar importância às promessas que ela fará. Às vezes, as circunstâncias obrigam os pais a adiarem uma promessa. Isso pode acontecer, mas um diálogo deve informar os motivos do adiamento. Caso isso não ocorra, os pais ficam sem credibilidade e as crianças passam a desconfiar deles. É difícil fazer a criança ser honesta quando os pais não cultivam a honestidade e não cumprem as suas promessas. “O cavaco não cai longe do pau”.

Deixe a criança opinar – Há uma diferença entre deixar a criança fazer livremente o que ela quer e deixá-la opinar. Não ouvi-la ou impedir que ela manifeste a sua opinião provoca a ira dela e induz esse o novo ser a agir de maneira similar. Você pode estar forjando um ser “ditador” e/ou “centralizador”.

Falta de disciplina – “O que um adolescente espera dos seus pais?”. Essa foi uma pergunta feita a vários adolescentes de determinada escola para uma pesquisa de comportamento. Por incrível que pareça, eles afirmaram que querem regras e estrutura. A permissividade e a falta de disciplina é uma forma de negligenciar os filhos e, talvez, seja a pior das negligências. A falta de disciplina frustra os filhos, porque no fundo eles se imaginam sem importância para os pais.

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